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OCDE quase dobra projeção do PIB do Brasil em 2023, para 3,2%

OCDE quase dobra projeção do PIB do Brasil em 2023, para 3,2%

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) projeta um crescimento de 3,2% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano. A estimativa é quase o dobro da projeção informada em junho, de 1,7%, com diferença de 1,5 ponto percentual.

A revisão é a segunda maior pela OCDE. Em junho, a projeção já representava um salto, em relação à estimativa de 1% de março.

Entre as economias emergentes do G20, as surpresas de crescimento têm sido, em sua maioria, positivas até agora neste ano, especialmente no Brasil, ajudado por resultados agrícolas favoráveis relacionados ao clima, na Índia e na África do Sul”, comunicou a Organização.

boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira (18), projeta que o PIB do país avance  2,89% em 2023. Para 2024, o crescimento é estimado em 1,5%.

A projeção da EQI Asset para o PIB do Brasil é de 3,1% para 2023 e de 1% para o próximo ano, segundo o economista-chefe Stephan Kautz.

Jens Arnold, chefe da divisão na OCDE que acompanha a situação brasileira, pontua que uma parte do crescimento no Brasil no início deste ano, mais forte do que esperado, é um efeito temporal relacionado ao desempenho forte do setor agrícola. 

O desempenho no início do ano sempre é muito importante para o crescimento do ano”, diz. 

A maior mudança agora foi em relação à Rússia, com contração esperada de 1,5% em junho, que passou para expansão de 0,8%. A revisão foi de 2,3 pontos percentuais. 

As estimativas da OCDE apontam que o maior crescimento econômico em 2023 será da Índia, com alta de 6,3% no PIB. Em 2º lugar ficará a China, com crescimento de 5,1%. Na contramão, a atividade econômica da Argentina deve recuar 2% neste ano.

OCDE: Crescimento em 2024 deve ser modesto

Apesar da revisão, a OCDE aponta expansão mais modesta para 2024. Globalmente, o crescimento continuará fraco, mas positivo. 

Para o próximo ano, a estimativa de crescimento da economia passou de 1,2% em junho para 1,7% em setembro. “O crescimento forte deste ano é, ao menos parcialmente, devido a fatores temporários, climáticos. Isso implica, de maneira mecânica, um crescimento menor no ano que vem”, avalia Jens.

O economista diz que para voltar a alcançar o mesmo nível de atividade deste ano sem ajuda desses fatores temporários, a economia brasileira vai ter de crescer mais. Contudo, o cenário deve ser dificultado, com a economia global tendo um crescimento mais moderado e reduzindo potencialmente as exportações do Brasil. 

“Se a China cresce menos, vai haver menos demanda para os bens que o Brasil exporta no mercado global”, diz. Isso pode reduzir as exportações locais e os preços que o país pode conseguir para suas exportações no exterior.