O Produto Interno Bruto (PIB) dos países que integram a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) desacelerou. De acordo com a entidade, em comunicado divulgado nesta segunda-feira (23), a soma de todos os bens e serviços finais produzidos em uma determinada região contabilizou o crescimento de 0,1% no primeiro trimestre de 2022.
Este cenário representa um grande obstáculo no comparativo com os três meses finais de 2021, quando o PIB da OCDE registrou o percentual de 1,2%. Segundo a associação, três super potencias contabilizaram índices negativos, foram estas: Estados Unidos com – 0,4%, Itália com – 0,2% e Japão com – 0,2%.
Houve estagnação na soma de todos os bens e serviços finais que foram produzidos da França. Entretanto, outras nações registraram expansão: Reino Unido cresceu 0,8%, Canadá expandiu 1,4% e Alemanha contabilizou o baixo crescimento de 0,2%.
Projeções para o Brasil
O Brasil solicitou ingresso na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico em 2017 e em janeiro deste ano, recebeu a aprovação no processo que negocia a adesão do país na entidade.
A OCDE conta com 38 países, como por exemplo, Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha, França, Áustria e Austrália. Outras nações pretendem integrar o bloco e assim como o Brasil, receberam o convite para dar início ao processo de inclusão, são estas: Argentina, Bulgária, Croácia, Romênia e Peru.
O trâmite é longo e sem prazo fechado. A entidade avalia as condições políticas, econômicas e sociais dos países que desejam fazer parte do bloco. O processo de adesão pode levar entre três e cinco anos.
O que é a OCDE?
Fundada em 1948, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico é um grupo que busca apoio mútuo entre seus membros e outros países. O trabalho consiste no diálogo com governos, parlamentos, academia e associações civis através de consultoria, pesquisas, projetos, parcerias e congressos.
São competências da OCDE:
- informar através de coleta, análise e divulgação de dados globais;
- influenciar com parcerias e diálogos entre diversas lideranças;
- criar padrões de referências em assuntos como educação, impostos e meio ambiente.
Entre os projetos da entidade estão a criação de um imposto global mínimo para as grandes corporações, que visa combater os paraísos fiscais e o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA), que é referência internacional e analisa o setor educacional em todo o mundo.