As transferências e pagamentos feitos por meio do PIX somaram R$ 17,18 trilhões em 2023, em novo recorde, segundo dados do Banco Central do Brasil. As transações por meio do sistema em tempo real aumentaram 57,8% em relação a 2022, quando foram de R$ 10,89 trilhões.
O BC reforçou que os pagamentos por PIX foram mais do que o triplo do volume de 2021, quando somaram R$ 5,21 trilhões. A tecnologia foi liberada ao público pela autoridade monetária em novembro de 2020.
Em 2022, o uso PIX superou o do cartão de crédito, se tornando o principal instrumento do mercado, com 29% das transações.
Vale reforçar que, com a popularização do mecanismo, as instituições associadas à Federação Brasileira de Bancos (Febraban) encerraram neste mês a realização de transferências via DOC (Documento de Ordem de Crédito) e TEC (Transferência Especial de Crédito).
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Mais PIX, menos dinheiro
No último ano, o número de relacionamentos bancários ativos subiu e a quantidade de dinheiro em circulação recuou.
Segundo números oficiais do Banco Central, a quantidade de dinheiro físico em circulação teve queda em relação aos últimos anos.
Esse movimento vem se acentuando desde 2020, com a pandemia de Covid-19 e o afastamento social. Naquele ano, R$ 371,4 bilhões estavam em circulação. Em 2023, o valor foi de R$ 341,6 bilhões.
PIX Automático: como vai funcionar
O Banco Central anunciou as normas que regulamentam o funcionamento do PIX Automático, uma inovação no sistema de pagamentos instantâneos que promete facilitar ainda mais a vida dos consumidores brasileiros. A modalidade tem previsão de início para 2024.
A funcionalidade foi projetada para simplificar pagamentos recorrentes, sendo flexível e parametrizável para se adaptar a uma variedade de setores e empresas. O sistema poderá ser utilizado para o pagamento de faturas, como conta de luz, água, telefone, mensalidades escolares, assinaturas de streaming e mais.
Para o usuário pagador, essa modalidade trará mais comodidade, oferecendo uma alternativa de pagamento recorrente sem complicações. Mediante autorização prévia, que poderá ser feita pelo aplicativo do banco, o usuário permitirá débitos periódicos de maneira automática, dispensando a autenticação em cada transação.