O ministro de Javier Milei, Luis Caputo, titular da pasta da Economia, anunciou nesta terça-feira (12) diversas medidas no combate à crise econômica que a Argentina vive. Entre elas, estão o fim dos subsídios para preços de energia, suspensão de repasse para províncias, entre outras.
Além disso, o país anunciou uma desvalorização de 54% no peso argentino, já que o dólar oficial passará a valer 800 pesos argentinos contra aproximadamente 400 pesos argentinos anteriormente. Em seu pronunciamento, Caputo citou que são medidas necessárias para conter uma possível hiperinflação.
O ministro da Economia explicou que para combater a crise argentina “é preciso ir na gênese do problema. E essa gênese está na política fiscal”, disse ele.
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Veja as medidas do ministro de Javier Milei
Além disso, Caputo anunciou corte de obras públicas; não renovação de contratos de trabalho com menos de um ano; entre outras ações. Confira os dez pontos destacados por Caputo:
- Desvalorização do peso: o dólar passará a valor, na cotação oficial, aproximadamente 800 pesos argentinos;
- Contratos de trabalho: todos os contratos com menos de um ano não serão renovados;
- Suspensão dos custos com comunicação: ao longo de um ano, o governo suspenderá os gastos com comunicação;
- Redução de ministérios, de 18 para nove pastas;
- Redução dos repasses para as províncias: o governo fará um corte dos valores transferidos do governo para as províncias do país;
- Cortes de obras públicas: o ministro explicou ainda que algumas obras públicas serão paralisadas e algumas licitações serão suspensas;
- Redução dos subsídios aos preços de energia e aos transportes;
- Manutenção do plano de trabalho: mais de 1,200 milhão de argentinos dependem desse programa então ele será mantido;
- Cartão alimentação: esse programa social terá um aumento de 50%;
- Extinção de sistema de importação: por fim, o governo irá encerrar um sistema de importações vigentes no país, que será substituído por um outro sistema estatístico e de informação que não exigirá aprovação de licença, como é atualmente.
Com essas medidas, o ministro da Javier Milei disse que espera conter a crise e uma possível hiperinflação, que poderia ocorrer “se a situação de gastos continuasse”, disse ele.