O republicano Mike Johnson foi reeleito presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos na sexta-feira (3), com o apoio de Donald Trump. A vitória veio após dois membros do próprio partido mudarem seus votos, que inicialmente haviam sido contrários à sua candidatura, já após o encerramento da votação.
Johnson, de 52 anos, precisava de uma maioria simples para assumir o cargo, que o coloca como o segundo na linha de sucessão à presidência dos EUA.
Para ser eleito presidente da Câmara dos Estados Unidos, é preciso conquistar a maioria absoluta dos votos dos parlamentares. Na primeira rodada da votação, com um quórum de 434 deputados, Mike Johnson obteve 216 votos, enquanto o democrata Hakeem Jeffries recebeu 215. Três republicanos optaram por votar em outros candidatos. A vitória exigia 218 votos.
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Discurso de Mike Johnson
Em seu discurso de posse, o congressista afirmou que seguirá as políticas de Trump, com ênfase na “defesa das fronteiras” do país.
Johnson ressaltou que, em colaboração com o ex-presidente, o foco será na deportação de estrangeiros ilegais considerados perigosos e criminosos, além da conclusão da construção do muro na fronteira com o México. Ele também garantiu que os republicanos irão “devolver o poder ao povo”.
Impasse entre republicanos
De acordo com a Associated Press, os deputados democratas reagiram com risos e surpresa quando alguns membros do Partido Republicano decidiram votar contra Mike Johnson, escolhendo candidatos aleatórios.
Com o resultado da primeira votação, nenhum dos candidatos atingiu a maioria absoluta, o que obrigou a realização de uma nova rodada de votação. Diante disso, os republicanos iniciaram uma operação para reverter a situação.
Parlamentares da ala mais radical do partido se reuniram em uma sala fechada, conforme relatado pela Associated Press. Entre os presentes estavam Johnson e os três republicanos que inicialmente se recusaram a apoiá-lo. Dois desses parlamentares foram convencidos a mudar o voto, o que permitiu a Johnson alcançar a quantidade necessária de votos.
Caso a votação não fosse concluída, os trabalhos na Câmara ficariam paralisados, impedindo até mesmo a posse dos novos deputados, marcada para esta sexta-feira.
O democrata Hakeem Jeffries, que também concorria à presidência da Câmara, comentou em suas redes sociais que o Partido Republicano está vivendo uma “guerra civil” desde o primeiro dia de trabalho do ano.
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