O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a criticar as privatizações feitas no país durante a cerimônia de posse da nova presidente da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard. Lula voltou sua fala contra os processos de desestatização da Eletrobras (ELET3; ELET6) e da Vale (VALE3).
Lula ressaltou que o Brasil poderia estar em melhores condições caso a mineradora e a companhia de energia elétrica ainda fossem empresas públicas. Na opinião dele, companhias com muitos acionistas muitas vezes não cumprem seu papel social de forma adequada.
“A gente poderia ter aqui do nosso lado a Eletrobras, que era a maior empresa de energia desse país. Poderíamos ter do nosso lado a Vale, que foi privatizada e rifada por 899 mil pequenos fundos em que você não tem um dono para conversar e discutir”, afirmou o presidente.
Lula critica ainda processo de indenização de famílias afetadas
Ao mencionar as tragédias do rompimento das barragens de Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, Lula criticou a demora no processo de indenização às famílias afetadas. Ele destacou a dificuldade de diálogo com representantes da Vale, sugerindo que a ausência de um controle centralizado prejudica a responsabilidade e a eficiência da empresa.
“Desde Mariana e Brumadinho, com o desastre das barragens, até hoje não foi paga a indenização às famílias. Uma empresa boa e grande tem que ter alguém responsável por ela para que as coisas possam funcionar corretamente”, afirmou Lula.
Apesar das críticas, a Vale informou que desde 2019 já pagou R$ 3,7 bilhões em indenizações relacionadas ao desastre de Brumadinho. No caso de Mariana, a empresa destinou um total de R$ 37 bilhões, incluindo R$ 14,29 bilhões em indenizações.
Além disso, o presidente também aproveitou a ocasião para criticar a Operação Lava-Jato, cujos desdobramentos resultaram em sua prisão em 2018. Segundo Lula, a operação tinha como objetivo “desmontar” e privatizar a Petrobras.
Desde o início do primeiro governo de Lula, a Petrobras teve onze presidentes, e Magda Chambriard é a décima segunda a ocupar o cargo.
Presidente já havia criticado presidente do BC
Na véspera da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) que decidiu por manter a taxa Selic em 10,50%, o presidente Lula já havia feito críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
Em entrevista à rádio CBN na manhã de terça-feira (18), Lula afirmou que a atuação da autoridade monetária está “desajustada” e que seu presidente não demonstra “nenhuma capacidade de autonomia”, mas sim um “lado político” e um esforço em “prejudicar o país”.
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