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Lula veta aumento de deputados federais para 531

Lula veta aumento de deputados federais para 531

Descubra os detalhes do veto de Lula ao aumento de deputados federais de 513 para 531 e suas implicações políticas.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou o projeto de lei complementar aprovado pelo Congresso que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531. A decisão, confirmada por aliados nesta quarta-feira (16), ocorre no último dia do prazo para sanção presidencial e atende a uma recomendação do Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad.

O projeto aprovado em junho previa a criação de 18 novas cadeiras na Câmara dos Deputados, com impacto fiscal estimado em R$ 65 milhões por ano, considerando salários, benefícios e estrutura para os novos parlamentares. A proposta era justificada pela necessidade de redistribuição proporcional ao crescimento populacional dos estados, mas o texto acabou sendo ampliado para criar mais vagas — o que gerou críticas por parte do governo e da sociedade civil.

Segundo fontes do Planalto, Lula avaliou que era necessário “marcar posição contra o aumento de gastos” em um momento de pressão fiscal e exigências por mais responsabilidade com as contas públicas. O presidente também manifestou desconforto com a proposta desde o início, defendendo, em conversas internas, que eventuais ajustes na representação parlamentar fossem feitos com base na redistribuição das cadeiras já existentes, e não com a ampliação do número total.

Aumento de deputados federais: Congresso já articula derrubada de veto

O veto causou reação imediata no Congresso. Segundo apuração da colunista Vera Rosa, do Estadão, parlamentares articulam a derrubada do veto ainda neste semestre. A medida é considerada prioritária por bancadas de estados que ganhariam cadeiras, como Pará, Santa Catarina e Amazonas.

Nos bastidores, aliados afirmam que Lula também levou em consideração o risco de ser acusado de omissão, caso deixasse o prazo de sanção vencer sem manifestação, permitindo ao Congresso promulgar a mudança por conta própria.

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Com o veto, o presidente envia um recado de austeridade ao mercado e à base social que o elegeu, ao mesmo tempo em que amplia a tensão com o Legislativo, que já sinaliza resistência. A decisão agora volta para o Congresso, que poderá manter ou derrubar o veto em votação conjunta da Câmara e do Senado.