O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um pronunciamento em rede nacional na noite de domingo (28), em que fez um balanço de um ano e meio de seu governo.
Entre os destaques de sua gestão, o presidente mencionou o crescimento econômico, controle da inflação, retomada de programas sociais e de investimentos, geração de empregos formais, resgate de políticas de proteção de minorias sociais, prioridade à proteção ambiental e desenvolvimento de políticas focadas na transição energética para combater as mudanças climáticas.
“O Brasil se reencontrou com a civilização”, afirmou.
Segundo o presidente, todas essas ações estão sendo realizadas sem comprometer a responsabilidade fiscal.
“Queremos um Brasil que cresça para todas as famílias brasileiras. Não abrirei mão da responsabilidade fiscal. Uma das muitas lições de vida que recebi de minha mãe, dona Lindu, foi não gastar mais do que ganho. É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais”, disse, referindo-se ao estado que enfrentou a maior tragédia ambiental de sua história nos meses de maio e junho deste ano, com enchentes e alagamentos.
Lula argumentou que governar “é cuidar de milhões de famílias”. “Toda mãe e todo pai sabem a dificuldade que é cuidar de uma família. Garantir que os filhos tenham uma boa alimentação, saúde, educação, segurança e um futuro melhor”, disse.
“É o que venho fazendo desde o início do meu governo. Hoje, o que falta ao mundo é paz, solidariedade e humanismo. Estamos prontos para dar o exemplo de que aqui, no Brasil, a inclusão social, a fraternidade, o respeito e o amor são capazes de vencer o ódio”, concluiu Lula.
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Lula, em pronunciamento: Mundo voltou a acreditar no Brasil
O presidente afirmou que o mundo “voltou a acreditar no Brasil” devido à diplomacia “ativa e altiva” do governo brasileiro.
“O Brasil recuperou seu protagonismo no cenário mundial. Participamos de todos os principais fóruns internacionais. O Brasil voltou ao mundo, e o mundo agora vai passar pelo Brasil”, afirmou Lula, mencionando a Cúpula de Líderes do G20, que será realizada em novembro, no Rio de Janeiro. Atualmente, o Brasil preside o G20, grupo que inclui 19 países e duas organizações regionais (União Africana e União Europeia).
Lula destacou propostas do Brasil no bloco, como a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e a taxação dos super ricos. “Não podemos nos calar diante de um drama que afeta a vida de 733 milhões de pessoas em todo o mundo. Para tornar o mundo mais justo, estamos levando ao G20 a proposta de taxação dos super-ricos, que já tem o apoio de vários países”, explicou.
Em 2025, o Brasil também sediará a reunião dos Brics (grupo composto por 10 países em desenvolvimento) e a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-30), em Belém.
Comparação com Bolsonaro
Lula também aproveitou o pronunciamento para fazer uma comparação com a gestão de Jair Bolsonaro que teria, segundo ele, deixado o Brasil “em ruínas”. O petista ressaltou ainda que barrou uma tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023 e que a “democracia venceu”.
“Espalharam armas ao invés de empregos. Trouxeram a fome de volta. Deixaram a maior taxa de juros do planeta. A inflação disparou e atingiu 8,25%. O Brasil era um país em ruínas. Diziam defender a família. Mas deixaram milhões de famílias endividadas, empobrecidas e desprotegidas”, enfatizou.