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Lula na dúvida quanto a Galípolo: indicado tem que ter “coragem” de baixar juros

Lula na dúvida quanto a Galípolo: indicado tem que ter “coragem” de baixar juros

Em entrevista à Rádio Gaúcha de Porto Alegre na manhã desta sexta-feira (16), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que fará a troca de comando do Banco Central (BC) na expectativa de que a taxa de juros comece a cair. E não confirmou que o indicado será Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do BC, como prevê o mercado.

“Vamos trocar o comando do Banco Central. Trabalho com a expectativa de que taxa de juros comece a cair. Não sei se será Galípolo. Eu tenho o direito de indicar o presidente e alguns diretores”, disse Lula.

Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, tem mandato até o final do ano. Galípolo é o nome apontado como favorito para substituí-lo.

No entanto, em declarações recentes, tem assumido o compromisso de trazer a inflação para perto da meta de 3%, apontando que uma nova alta de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom) não está descartada e será feita, caso seja necessário. Tais falas vão de encontro ao que quer Lula.

Lula: indicado vai ter que ter “coragem” de baixar juros

“Pessoa que vou indicar para o BC tem que ter caráter, seriedade e responsabilidade. Não vai dever favor ao presidente da República, vai ter compromisso com o povo brasileiro. Na hora que tiver que reduzir o juro, a pessoa para o BC vai ter que ter coragem para dizer que vai reduzir”, afirmou.

Lula aproveitou para reafirmar que seu problema com Roberto Campos Neto não é pessoal, mas não poupou críticas à atuação do presidente do BC. “Campos Neto não me desagradou, mas desagradou o País, o setor produtivo. Levamos em conta a necessidade de autonomia do BC, mas BC deve ao povo brasileiro. Não tem explicação para o atual patamar da taxa de juros”, afirmou.

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Lula apontou também que pretende discutir o nome que irá indicar à autoridade monetária com Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, para que não haja desgaste político. O indicado pelo presidente precisa passar por sabatina de aprovação dos senadores.

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