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Galípolo: “Cenário é desconfortável para atingir meta de inflação”

Galípolo: “Cenário é desconfortável para atingir meta de inflação”

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, declarou na quinta-feira (8) que, em sua opinião, o atual cenário é “desconfortável” para que a autoridade monetária atinja a meta de inflação de 3%.

Durante um evento organizado pela Confebras (Confederação Brasileira das Cooperativas de Crédito) em Brasília (DF), Galípolo mencionou que a projeção do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) até o primeiro trimestre de 2026, de 3,2%, é claramente considerada pelo Copom (Comitê de Política Monetária do BC) como “acima da meta”. Anteriormente, essa margem era vista como “em torno da meta”.

O diretor afirmou que a ata do Copom divulgada na ultima terça-feira (6) deixou explícita a possibilidade de alta de juros, se necessário for.

Galípolo também destacou ser curioso os questionamentos sobre a possibilidade de diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votarem por uma elevação dos juros, ressaltando que toda a diretoria está comprometida em tomar as medidas necessárias para alcançar a meta de inflação.

“Frequentemente percebo um receio, uma dúvida, sobre a ideia de que os diretores nomeados pelo governo Lula não poderiam votar pela elevação da taxa de juros. É inconcebível pensar que durante quatro anos eles seriam incapazes de agir nesse sentido. Está muito claro, conforme registrado na ata de forma unânime, que todos os diretores estão dispostos a fazer o que for preciso para buscar a meta”, afirmou Galípolo.

Galípolo vê pressão de alta sobre a inflação

Além disso, o diretor expressou que faz parte do grupo de diretores do BC que enxerga o balanço de risco para a inflação com maior pressão de alta do que de baixa. A ata da última reunião do Copom, que manteve a taxa Selic em 10,5% ao ano na semana passada e considerou a possibilidade de elevação dos juros caso necessário, indicou que o balanço de riscos para a inflação continua com fatores em ambas as direções, mas vários membros já observam uma assimetria.

Em meio à alta incerteza sobre os rumos da economia internacional, Galípolo enfatizou que os diretores do BC estão “totalmente dependentes de dados” para a tomada de decisões, sem que seja possível antecipar qualquer orientação sobre as próximas reuniões do Copom.