A inflação na Argentina desacelerou em julho, alcançando o menor nível mensal desde 2022. Isto ocorre em meio a medidas tomadas pelo governo do presidente Javier Milei, que suspendeu brevemente os aumentos nas tarifas de serviços públicos.
Segundo dados divulgados nesta semana, os preços ao consumidor subiram 4% em julho em relação ao mês anterior, alinhando-se às expectativas dos economistas, de acordo com informações da Reuters.
A inflação anual no país caiu para 263,4%, refletindo a influência das políticas de controle de preços adotadas recentemente – apesar de ainda estar bem elevada. Em um esforço para conter a alta inflacionária, o governo argentino adiou no mês passado aumentos nos impostos sobre combustíveis e nas tarifas de serviços públicos, medidas que, segundo estimativas do JPMorgan Chase, poderiam ter adicionado 1,2 pontos percentuais à inflação mensal.
Além disso, a gestão de Milei optou por manter inalteradas as tarifas de ônibus e trens, embora já tenha anunciado que os reajustes de transporte e utilidades serão retomados em agosto. Essa pausa nas políticas de choque econômico tem contribuído para o alívio temporário da inflação na Argentina, que continua a enfrentar desafios significativos em sua economia.
Queda da inflação na Argentina era promessa de Milei
Javier Milei se elegeu no ano passado prometendo um combate forte contra a inflação e outras medidas para tirar o país de uma crise que se arrasta por décadas. Milei defendia uma economia muito mais liberal e com menos peso estatal, o que significaria o possível fim de alguns auxílios sociais dados pelo governo – ampliados durante a gestão do então ministro da Economia e também candidato à presidente na época, Sergio Massa, do campo governista.
Na retórica, Milei prometeu afastar-se de blocos econômicos como o Mercosul e rejeitar uma possível entrada no grupo dos Brics – promessas que na prática ainda não ocorreram.
Pouco após a posse, algumas medidas enérgicas foram tomadas. Tarifas que antes eram subsidiadas pelo governo deixaram de ser, como os preços de energia, transporte público e da água. Como consequência, os preços subiram de forma intensa.
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