A inflação das passagens aéreas no Brasil apresenta uma aceleração preocupante, com um aumento de 4,64% em setembro, superando a taxa geral de 0,44% do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), conforme atualizado pelo IBGE nesta quarta-feira (9). Nos últimos 12 meses, os preços dos bilhetes acumularam uma alta de 9,99%, em contraste com o aumento de 4,42% do índice geral. As informações são de Fábio Pupo, da Folha de São Paulo.
Esse cenário de alta nos preços é pressionado pela menor disponibilidade de voos, resultado de um número considerável de aeronaves paradas no solo. A companhia Azul ($AZUL4), por exemplo, tem 29 aviões inativos, o que representa aproximadamente 14% de sua frota de 207 unidades. Já a Gol ($GOLL4) chegou a junho com 36 aeronaves fora de operação, correspondendo a um quarto de sua frota de 141.
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Inflação das passagens aéreas
A Azul atribui essa paralisação à crise global que afeta a cadeia de suprimentos da aviação, com escassez de peças e motores. A companhia destaca que “empresas aéreas de todo o mundo estão parando centenas de aeronaves” devido a esses problemas.
Em nota, a empresa citou dados da Cirium, que indicam que mais de 600 aviões foram parados apenas por um fabricante de motores este ano, um número que aumenta com a inclusão de outros fabricantes.
Por sua vez, a Gol afirmou que, apesar da crise global que impacta o setor, está empenhada em aumentar sua frota operacional e tem alcançado resultados consistentes em suas operações.
Esses fatores combinados contribuem para a pressão nos preços das passagens, evidenciando a complexidade do atual panorama da aviação no Brasil.
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