O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou nesta sexta-feira (21) sobre os desafios do projeto de isenção do imposto de renda (IR) para aqueles com rendimento mensal de até R$ 5 mil.
Em entrevista ao ICL Notícias, Haddad destacou que a principal dificuldade será realizar a compensação fiscal, garantindo o equilíbrio entre os contribuintes.
“O problema não será isentar, mas sim compensar aqueles que não pagam imposto. A ideia é equilibrar a carga tributária entre quem não paga nada e o trabalhador que paga até 27,5%”, explicou o ministro.
Isenção de IR deve valer a partir de 2026
O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ressaltou no início deste mês que o governo federal está empenhado em aprovar, ainda este ano, a isenção do Imposto de Renda para trabalhadores com renda de até R$ 5 mil mensais. De acordo com ele, a medida deve entrar em vigor a partir de 2026.
Entretanto, Padilha destacou que o projeto ainda não possui uma data definida para ser apresentado ao Congresso, pois depende da definição de uma medida compensatória.
Haddad volta a falar em imposto mínimo
Também no início do mês, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou que o governo planeja implementar um imposto mínimo para contribuintes com rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais.
“Se a pessoa tem uma renda acima de R$ 50 mil por mês, com aumento gradual até R$ 100 mil, vamos verificar se ela está pagando um imposto mínimo”, afirmou Haddad em entrevista à GloboNews. Ele destacou que a alíquota mínima no Brasil será relativamente baixa em comparação com os padrões internacionais.
Durante a conversa, Haddad ressaltou que a tributação sobre o consumo no Brasil é superior à média dos países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), enquanto o Imposto de Renda (IR) cobrado de pessoas físicas e jurídicas está abaixo da média da organização.
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