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Copom sobe Selic a 13,25% na primeira reunião comandada por Galípolo

Copom sobe Selic a 13,25% na primeira reunião comandada por Galípolo

Como amplamente esperado pelo mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) subiu a Selic, taxa básica de juros da economia, de 12,25% para 13,25% nesta quarta-feira (29), na primeira reunião comandada pelo novo presidente da instituição, Gabriel Galípolo, indicado por Luís Inácio Lula da Silva.

Esta foi a quarta alta da Selic após um ciclo de sete cortes sequencias que durou até maio e reduziu a Selic de 13,75% para 10,50%.

Lembrando que a Selic ficou por cerca de um ano fixada no antigo patamar de 13,75%. A paralisação dos juros por tempo prolongado veio após um ciclo de 12 altas, subsequentes ao piso histórico da taxa (2%), ao longo da pandemia de Covid.

gráfico Selic
Fonte: EQI Investimentos

No comunicado, o Copom justificou a alta, decidida por unanimidade, pelo cenário incerto, tanto no exterior quanto no Brasil, e a desancoragem da inflação. “O cenário mais recente é marcado por desancoragem adicional das expectativas de inflação, elevação das projeções de inflação, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho, o que exige uma política monetária mais contracionista”, afirmou.

E também sinalizou que uma nova alta de 1 ponto porcentual pode ser aguardada para a próxima reunião, que acontece nos dias 18 e 19 de março.

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Segundo o comitê, persiste uma assimetria altista no balanço de riscos para os cenários prospectivos para a inflação. A projeção do IPCA, indicador oficial de inflação, para 2025 no cenário de referência do Copom saltou de 4,5% para 5,2%, alinhando-se à forte correção do último Boletim Focus, que apontou que a estimativa da inflação de 2025 foi de 5,08% para 5,50%.

Entre os riscos de alta estão:

  • uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado;
  • uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo;
  • e uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada.

Entre os riscos de baixa, estão:

  • impactos sobre o cenário de inflação de uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada;
  • e um cenário menos inflacionário para economias emergentes decorrente de choques sobre o comércio internacional e sobre as condições financeiras globais.

A ata desta reunião, com mais detalhes sobre a decisão, será divulgada na próxima terça-feira (4).

Mas a Selic não deve parar o ciclo de escalada. O Boletim Focus, que semanalmente traz a visão do mercado para os principais indicadores econômicos, aponta uma Selic de 15% ao final do ano, acima do que o Copom vem sinalizando em seus comunicados, enquanto projeções mais pessimistas indicam um possível aumento acima de 16% – a EQI Asset vê Selic a 16,25% até o final do ano.

Selic: Quando vai ser a próxima reunião do Copom?

Depois da decisão de hoje, o próximo encontro do Copom acontecerá em 18 e 19 de março. O Banco Central define com antecedência o calendário de reuniões. A última será realizada dias 9 e 10 de dezembro.

Calendário Copom 2025

  • 28 e 29 de janeiro
  • 18 e 19 de março
  • 6 e 7 de maio
  • 17 e 18 de junho
  • 29 e 30 de julho
  • 16 e 17 de setembro
  • 4 e 5 de novembro
  • 9 e 10 de dezembro

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