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CNC entra com ação no STF para suspender a ‘Lei das Bets’

CNC entra com ação no STF para suspender a ‘Lei das Bets’

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) entrou com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (24), solicitando a declaração de inconstitucionalidade da ‘Lei das Bets‘ , que regula as apostas esportivas online.

A ação direta, que está sob a relatoria do ministro Luiz Fux, ainda deve passar por análises das posições da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Além disso, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal poderão ser convocados para se manifestar sobre a questão.

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Impactos da ‘Lei das Bets’

A ação questiona a Lei 14.790/2023, popularmente chamada de ‘Lei das Bets’, aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em dezembro de 2023. A regulamentação do mercado de apostas esportivas online resultou de uma mobilização governamental, que em julho do ano anterior editou uma medida provisória para estabelecer as diretrizes do setor.

A CNC argumenta que a legislação “está causando graves impactos sociais e econômicos,” destacando a preocupação com a criação de um ciclo de dependência, especialmente entre os mais vulneráveis. Isso, segundo a confederação, tem levado à redução do consumo de bens essenciais e afetado diretamente o comércio.

Em caráter liminar, a CNC solicita que o STF suspenda a eficácia da lei até que o mérito da questão seja julgado, visando evitar maiores danos ao comércio e à economia do país. Na ação, a entidade critica a falta de medidas eficazes na legislação para combater o vício em jogos, o que, segundo ela, contribuiria para aumentar o nível de endividamento das famílias.

A confederação também argumenta que a ampliação do mercado de bets no Brasil tem impacto na saúde dos apostadores. De acordo com a CNC, a lei incentiva “os efeitos maléficos e adversos causados pela prática compulsiva do jogo de apostas online”.

“Desta forma, ao editar a Lei n.º 14.790/23, sem a adoção de políticas efetivas que garantam a saúde mental dos apostadores, o Estado estaria contribuindo diretamente para o aumento de agravos à saúde, significando afirmar que a referida norma viola o disposto no art. 196, da Constituição Federal”, diz a entidade.

O governo havia estimado, na época da aprovação da lei, que, em um mercado totalmente regulado e em pleno funcionamento, a arrecadação anual poderia variar entre R$ 6 bilhões e R$ 12 bilhões.

O Ministério da Fazenda ainda não comentou sobre a ação. O ministro Fernando Haddad declarou neste mês que existe uma “linha tênue” entre o entretenimento e a dependência em jogos de apostas, que precisa ser abordada. Ele também mencionou que sua pasta está colaborando com o Ministério da Saúde para implementar medidas relacionadas a essa questão.

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