O Banco da Inglaterra (BoE) elevou os juros básicos em 0,25 ponto percentual para 5,25% na reunião de política monetária nesta quinta-feira (3). Este é o 14° aumento consecutivo pela autoridade monetária e marca o maior nível dos juros desde fevereiro de 2008.
O objetivo do BoE é levar a inflação de volta ao patamar de 2% – meta estipulada pela instituição. Apesar de ainda alta, a inflação dá sinais de enfraquecimento.
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A decisão desta quinta (3) foi tomada pela maioria de seis votantes, enquanto dois membros apoiaram uma alta de 0,50 ponto percentual. Um membro votou pela estabilidade dos juros.
A decisão ficou dentro da mediana das projeções de analistas.
O banco central da Inglaterra projeta que outras altas serão necessárias para reduzir a inflação. Os juros devem atingir um pico um pouco acima de 6%, segundo comunicado do BoE.
“Notas altas são necessárias se sinais de inflação mais persistente surgirem”, diz o comunicado. “O BoE quer assegurar que as taxas ficarão em terreno suficientemente restritivo por um bom tempo.”
Inflação na Inglaterra
O Banco da Inglaterra elevou a perspectiva de inflação da região em 2024 para 2,50%, contra estimativa anterior de 2,25%.
A autoridade monetária não vê um cenário de recessão no Reino Unido, ainda que a projeção seja de crescimento baixo para os próximos meses. Para o segundo trimestre de 2023, o crescimento deve ser de 0,1%, enquanto o terceiro trimestre deve avançar para 0,3%.
A expectativa do Banco da Inglaterra para 2024 caiu de 0,75% para 0,50%. Para 2025, a projeção de crescimento foi de 0,75% para 0,25%.
“BoE não tinha outra escolha”
Para James de Bunsen, gerente de portfólio na Janus Henderson Investors, o Banco da Inglaterra não teria outra escolha que não fosse a elevação dos juros novamente.
“Com a inflação de serviços alta e persistente e o mercado de trabalho resiliente, o Banco da Inglaterra não teve escolha a não ser optar pela elevação dos juros novamente“, observa.
Outro ponto crucial na decisão do BoE foi o mercado imobiliário. O setor apresentou sinais de dificuldades no início da semana, com crescimento das taxas de juros de hipoteca e redução nos preços de casas.
Ainda assim, para James de Bunsen, o Banco da Inglaterra “continuará conduzindo a política monetária com seu remédio amargo até curar as pressões de preços“.
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