O Brasil registrou superávit de US$ 5,889 bilhões na balança comercial em junho de 2025. No período, as exportações somaram US$ 29,147 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 23,257 bilhões. A corrente de comércio — soma das exportações e importações — atingiu US$ 52,404 bilhões, representando um crescimento de 2,5% em relação ao mesmo mês de 2024. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento (MDIC).
As exportações em junho cresceram 1,4% frente ao mesmo mês do ano passado, quando haviam totalizado US$ 28,73 bilhões. Já as importações avançaram 3,8% na mesma base de comparação, subindo de US$ 22,4 bilhões em junho de 2024 para US$ 23,26 bilhões neste ano.

No acumulado do ano, de janeiro a junho, o país exportou US$ 165,87 bilhões — leve recuo de 0,7% ante os US$ 166,96 bilhões registrados no mesmo período de 2024. Já as importações cresceram 8,3%, passando de US$ 125,4 bilhões no primeiro semestre do ano passado para US$ 135,777 bilhões neste ano. Com isso, o saldo comercial do primeiro semestre de 2025 acumula superávit de US$ 30,092 bilhões, enquanto a corrente de comércio no período alcança US$ 301,647 bilhões, alta de 3,2% na comparação anual.
Balança comercial: agropecuária tem queda nas exportações
De acordo com o relatório, a leve retração de 0,7% nas exportações brasileiras no primeiro semestre de 2025, na comparação com o mesmo período de 2024, foi impulsionada principalmente pela desaceleração nos embarques de produtos agropecuários e da indústria extrativa. A combinação desses resultados contribuiu para uma diminuição no volume total exportado pelo país.
No setor agropecuário, a soja foi o principal destaque negativo, com queda de 8,9%, o que representa uma redução de US$ 2,48 bilhões em receita. O milho não moído, exceto o milho doce, recuou 21,2%, com perdas de US$ 400 milhões. Também apresentaram queda relevante o algodão em bruto (-7,5%, ou US$ 200 milhões a menos), o trigo e centeio não moídos (-34,2%, com recuo de US$ 180 milhões), e outros cereais como centeio e aveia, que despencaram 60,4%, resultando em uma perda de US$ 10 milhões.
Na indústria extrativa, o minério de ferro e seus concentrados teve retração de 17,4%, com impacto negativo de US$ 2,66 bilhões. Os óleos brutos de petróleo ou de minerais betuminosos recuaram 10,1%, reduzindo as exportações em US$ 2,44 bilhões. Outros produtos também sofreram quedas expressivas, como os minérios de metais preciosos e seus concentrados (-82,7%, com perda de US$ 120 milhões), outros minerais em bruto (-28,7%, ou US$ 120 milhões a menos), e minérios de alumínio e seus concentrados (-11,1%, com recuo de US$ 10 milhões).
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