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Ata do Fomc sinaliza suspensão nos cortes de juros

Ata do Fomc sinaliza suspensão nos cortes de juros

A ata do Fomc, que é o comitê de política monetária dos Estados Unidos, ligado ao Federal Reserve (Fed), divulgada nesta quarta-feira (19), mostrou que os dirigentes do banco central norte-americano reconhecem que os indicadores recentes apontam para uma atividade econômica em ritmo sólido, deixando uma porta aberta para uma possível suspensão no corte dos juros. No entanto, a incerteza sobre a trajetória da inflação e a taxa neutra de juros reforça a necessidade de uma abordagem cautelosa na condução da política monetária. 

De acordo com o documento, os membros do Fed acreditam que é necessário observar mais progressos na desaceleração da inflação antes de realizar novos ajustes nos juros. Esse posicionamento sugere que, apesar do crescimento econômico, o banco central mantém a prudência em relação a cortes na taxa básica. 

A ata também destacou preocupações com vulnerabilidades financeiras “marcantes” e os impactos de possíveis mudanças na política comercial e de imigração. Os dirigentes do Fed alertaram que as tarifas impostas pelo governo de Donald Trump podem pressionar os preços e levar as empresas a repassar o aumento de custos aos consumidores, o que adicionaria riscos à trajetória da inflação. 

Ata do Fomc: cautela nas próximas decisões

Diante desse cenário, os membros do Fed indicaram que a suspensão nos cortes de juros pode ser uma medida necessária para avaliar melhor os efeitos das políticas econômicas em curso. A incerteza sobre a taxa neutra de juros — nível que não acelera nem desacelera a economia — também foi citada como um fator que reforça a necessidade de cautela nas próximas decisões do banco central.

Os dirigentes do Fed avaliaram ainda que a inflação nos Estados Unidos diminuiu significativamente nos últimos dois anos, mas ainda permanece acima da meta de 2%.

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Segundo os dados da ata do Fed, os preços do índice de gastos com consumo pessoal (PCE) subiram 2,6% nos 12 meses encerrados em dezembro, enquanto o núcleo do PCE, que exclui alimentos e energia, registrou alta de 2,8% no mesmo período. 

Apesar do avanço, os membros do Fed destacaram que o ritmo de desinflação perdeu força no último ano. Parte dos dirigentes apontou que a inflação acumulada nos últimos três, seis ou nove meses indicou um progresso maior do que as medições anuais, especialmente devido às leituras elevadas do primeiro trimestre de 2023. Além disso, as leituras mensais de inflação em novembro e dezembro demonstraram avanços significativos em direção à estabilidade de preços, com quedas em algumas categorias relevantes. 

Entre os setores analisados, os preços dos serviços de habitação, que permaneceram elevados ao longo de 2023, apresentaram recuo, assim como a inflação dos serviços não habitacionais com base no mercado. No entanto, algumas áreas, como serviços financeiros e de seguros, mostraram menor melhora. 

Diante desse cenário, os dirigentes reforçaram que serão necessárias mais evidências de uma trajetória sustentável de desinflação antes de considerar novos cortes nos juros. O comportamento dos preços dos bens básicos também chamou atenção, uma vez que sua queda desacelerou nos últimos meses em comparação ao início de 2024.

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