Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Economia
Notícias
Ata do BCE sugere possibilidade de pausa nos juros

Ata do BCE sugere possibilidade de pausa nos juros

A ata do BCE, o Banco Central Europeu, sugere que o colegiado de política monetária do bloco considerou a possibilidade de realizar uma pausa nas taxas de juros nas próximas reuniões. Isso porque considerou-se que os aumentos realizados na última reunião, no último dia 14, reduzem a probabilidade de ter de aumentar novamente as taxas no futuro.

Segundo o documento divulgado nesta quinta-feira (12), o BCE destacou que, neste contexto, argumentou-se que quando a política monetária esteve próxima do limite inferior efetivo e a inflação baixa, houve fortes argumentos para analisar os choques de oferta, embora atualmente a situação fosse muito diferente.

Alguns membros votaram pela manutenção das taxas na última reunião, mas foi discutido que uma pausa poderia dar origem a especulações de que o ciclo de aperto havia terminado, o que aumentava o risco de uma recuperação da inflação.

“Esta situação exigiria outra onda de aperto monetário mais tarde, o que poderia ter consequências adversas para os mercados imobiliários e para a estabilidade financeira em geral. A não subida também poderia enviar um sinal de que o Conselho do BCE está mais preocupado com a economia e com uma potencial recessão do que com uma inflação demasiado elevada”, informa trecho do documento.

Ata do BCE: meta de 2% não deve passar de 2025

O documento mostrou ainda que o horizonte durante o qual a inflação voltaria a atingir 2% não deverá prolongar-se para além de 2025. Os membros consideraram que, fazer uma pausa nos juros, poderia dar margem à interpretação de que ocorreria um eventual enfraquecimento da determinação do BCE, especialmente numa altura em que a inflação global e a inflação subjacente estavam acima de 5%.

O documento mostra ainda que, durante a reunião, os membros concordaram que ainda se esperava que a inflação permanecesse elevada durante longo tempo.

“Ao mesmo tempo, o ciclo da política monetária atingiu uma fase em que os riscos de um aperto excessivo e os riscos de um aperto insuficiente se tornaram mais equilibrados. Em particular, as taxas de juro diretoras do BCE situaram-se num intervalo de níveis que, mantidos durante um período suficientemente longo, dariam um contributo substancial para o regresso da inflação ao objetivo do BCE”,destacou trecho da ata.

O BCE elevou a taxa de juros da zona do euro para nível recorde, após promover sua décima alta de juros, de 25 pontos-base. A decisão foi anunciada no último dia 14 de setembro.

A taxa de refinanciamento foi a 4,50%, de 4,25%. A taxa de empréstimos, de 4,59% para 4,75%. E a taxa de depósito, a 4%, de 3,75%.

Vale lembrar que a taxa de depósito era negativa em 0,5% em junho de 2022 e foi ao recorde de 4% em pouco mais de um ano. Uma taxa de juros negativa equivale a dizer que os europeus pagavam para deixar dinheiro no banco. A decisão do BCE se baseou na necessidade de controlar a inflação, mesmo com os indicadores apontando para o enfraquecimento da economia.

Você leu sobre a ata do BCE.