Na primeira reunião ministerial de 2025, realizada após a repercussão da crise do Pix, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou algumas mudanças na condução do governo.
Em uma decisão que busca maior centralização das ações do governo, Lula ampliou os poderes de Rui Costa, ministro da Casa Civil, que passa a ter papel ainda mais relevante na coordenação dos atos do governo.
A medida tem como objetivo evitar crises de comunicação e melhorar a articulação das ações governamentais. Lula afirmou que, a partir de agora, todas as portarias, instruções normativas e outras medidas relevantes terão que ser submetidas à Casa Civil antes de serem anunciadas para ter um fluxo de informações mais organizado.
“Nesse mundo de alta velocidade da comunicação, a informação organizada precisa chegar primeiro à população, antes de chegar a mentira e a desinformação“, disse Rui Costa durante entrevista.
O ministro reforçou que a centralização das iniciativas permitirá a elaboração de planos de comunicação que antecipem possíveis ruídos e fortaleçam a narrativa do governo.
“Não podemos permitir que a mentira prevaleça sobre a verdade. Os fatos precisam chegar à população antes da desinformação. Qualquer medida que impacte muitas pessoas precisa ser amplamente discutida para evitar interpretações equivocadas”, ressaltou Costa.
Cobrança por resultados e metas para 2025
Durante a reunião, Lula também reforçou a necessidade de foco nos resultados e apresentou a estratégia do governo para a segunda metade de seu mandato. O presidente ressaltou que 2025 será um ano decisivo para colher os frutos das ações iniciadas desde o início de sua gestão.
“Muitas das coisas que plantamos ainda não brotaram, mas este ano será de definição na história e na biografia de vocês na governança deste país“, afirmou.
Lula destacou que não é momento de “inventar nada” e sim de consolidar os projetos anunciados. Ele também cobrou empenho de cada ministro na execução das metas.
“Não podemos falhar, não podemos errar e não temos o direito de errar. Vamos colher o que semeamos, mas isso dependerá do esforço de cada um de vocês”, declarou.
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Foco na economia e no custo de vida
Um dos pontos centrais da fala de Lula foi o compromisso de combater a alta no preço dos alimentos. Segundo o presidente, garantir comida barata na mesa das famílias será uma prioridade.
“A gente trabalhou reconstrução e união, agora a gente vai ter que trabalhar comida barata na mesa do trabalhador. Todo ministro sabe que o alimento está caro, e é uma tarefa nossa garantir que chegue à mesa do povo brasileiro em condições compatíveis com o salário que ele ganha“, afirmou.
Reconstrução e responsabilidade
Lula lembrou que os dois primeiros anos de seu governo foram dedicados à reconstrução e união do país após a polarização política e as crises herdadas de gestões anteriores. No entanto, alertou que a segunda metade do mandato deve ser marcada pela entrega de resultados concretos.
“Nem tudo que foi anunciado já deu fruto, mas 2025 é o ano da colheita de tudo o que a gente prometeu ao povo. Reflitam, porque vou chamar individualmente muita gente para conversar“, enfatizou.
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