O governo federal estuda a possibilidade de reduzir o imposto de importação sobre produtos agropecuários como forma de conter a alta dos alimentos. Entre as medidas em análise, está a diminuição das tarifas sobre a importação de milho e etanol de países fora do Mercosul, de acordo com informações do Estadão.
A proposta surgiu dentro do grupo de trabalho interministerial que discute estratégias para enfrentar a inflação dos gêneros alimentícios. A ideia, no entanto, enfrenta resistência dentro do próprio governo. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e o Ministério da Agricultura são contrários à medida.
Já a Casa Civil e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar defendem a redução das tarifas como forma de aliviar o custo das proteínas animais – já que o milho é insumo essencial na ração – e da gasolina, que contém até 27% de etanol em sua composição.
Alta dos alimentos: controle do preço pode ajudar popularidade
De acordo com a publicação, o grupo favorável à medida argumenta que a iniciativa ajudaria a conter a alta de preços em um momento de queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Caso seja implementada, a redução do imposto seria temporária, mas ainda não há definição de prazo. Segundo fontes que acompanham as tratativas, a proposta já foi discutida em reuniões técnicas dentro do governo, mas ainda não chegou ao presidente Lula para avaliação final.
Mas a ideia tem resistência, principalmente do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Segundo informações da Veja, caso o governo optasse por adotar taxas ou cotas de importação de carnes, milho, etanol, arroz e soja, o titular da pasta poderia pedir para sair por não concordar com a ideia.
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