O BTG Pactual (BPAC11) está entre os maiores bancos de investimentos do Brasil e, para se manter no topo, precisa implementar frequentemente produtos financeiros atrativos e com bom retorno para, assim, cativar sua clientela. É o caso, por exemplo, do DEBB11.
O DEBB11 é um ETF de debênture e algumas pessoas devem se perguntar “o que é um ETF?”, enquanto outras estão em dúvida acerca de uma debênture. Pois bem, no decorrer deste artigo cada um desses produtos será explicado.
Vamos começar, inclusive, tratando dos ETFs, ou exchange-traded fund. Podemos aportuguesar chamando de fundos de índice. Estes são, na prática, fundos de investimento em renda fixa ou variável.
Pode-se dizer que trabalham como uma espécie de cesta de ações negociadas na bolsa de valores em índices como o Ibovespa. Esse “veículo” de investimento está cada dia mais popular, tamanha a aceitação por parte dos investidores brasileiros.
Quem deseja participar deve comprar uma cota e, ao fazer isso, estará investindo em empresas com a intermediação de uma gestora. Isso implica em não investir diretamente em uma ação.
Trata-se de uma excelente oportunidade para se movimentar no mercado com alguma proteção, visto que as bolsas estão mexidas devido à instabilidade econômica. Basta olhar para o Ibovespa.
Lembre-se que dia 1º de julho de 2022 teve início o segundo semestre do ano e o balanço do Ibovespa referente ao primeiro semestre foi ruim. Naquela data, das 91 ações que compunham o principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, 55 registram baixa no acumulado do ano.
Também naquela data o Ibovespa caiu 1,08% no pregão, a 98.542 pontos e, com o resultado, junho teve a pior queda mensal (11,5%) desde março de 2020, quando a pandemia começou. No ano, a perda é 5,99%.
Por fim, podemos frisar, acerca de ETF, que a diferença deste para um fundo de ação é que ele replica o desempenho de índices existentes por meio de uma gestão passiva. Já nos fundos de ações, a gestão é ativa, pois a gestora seleciona os ativos que farão parte da carteira, considerando o perfil de quem investe ou outros fatores de preferência.
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DEBB11 é um ETF de debênture
Pois bem, agora que você já entendeu o que é um ETF, vamos tratar sobre debêntures e tenho certeza de que esse título vai te interessar.
Podemos afirmar que debêntures são títulos de crédito emitidos por empresas e negociados no mercado de capitais.
Na prática, quem adquire está emprestando dinheiro para uma empresa que, com esse recurso, pretende se capitalizar, aumentar o parque fabril, se internacionalizar ou realizar outras operações similares.
As empresas negociam debêntures, inclusive, como forma de substituir a emissão de novas ações para, assim, evitar a entrada de novos acionistas. As razões são diversas, e boa parte delas está condicionada ao mercado financeiro.
Acontece que às vezes é melhor vender um título e remunerar o comprador dentro de um prazo alongado do que captar dinheiro via oferta pública secundária de ações (follow-on).
Outro exemplo clássico acerca de debênture é que seu funcionamento lembra o dos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, com a diferença de que estes financiam o governo, enquanto as debêntures financiam empresas.
É bom citar os títulos públicos negociados no Tesouro Direto, pois o interesse dos investidores por este tipo de veículo de investimento disparou no Brasil, por conta da instabilidade do mercado de capitais, bem como da subida dos juros do país.
Caso você se interesse por Tesouro Direto, mas não sabe como adquirir estes títulos na plataforma do governo, saiba que a EQI Investimentos tem uma equipe qualificada com inúmeros assessores espalhados pelo Brasil para te auxiliar.
Entretanto, se o seu interesse está despertando para as debêntures, a EQI também pode te orientar.
Características de uma debênture em relação às ações
As características de uma debênture em relação às ações é que estas têm sua remuneração definida e registrada quando a empresa emite esse título.
Contudo, quando você investe em ações está, na prática, se tornando acionista de uma empresa, e não credor, e sua remuneração estará condicionada à performance daquele ativo. Lembre-se que um acionista participa dos lucros, e também dos prejuízos quando estes ocorrem.
Na via oposta, quem adquire debênture sabe no mesmo instante o tempo que o dinheiro ficará aplicado, bem como os juros em cima desse valor e prazo. Ou seja, sabe quanto vai receber de volta na hora do resgate.
Mas, para ficar ainda mais claro, vamos destacar que debêntures são papéis de dívida (você vira credor), enquanto ações representam a fração do capital de uma empresa (você vira acionista).
DEBB11: 1º ETF de crédito privado do país
O DEBB11 é o primeiro ETF de crédito privado do país, e foi lançado recentemente pelo BTG Pactual (BPAC11).
A oferta do produto se dá em parceria com a Teva Indices, que tem foco em debêntures e, na ocasião do lançamento na B3, a bolsa brasileira, as negociações eram feitas a partir de R$ 10, o que coloca o DEBB11 como um dos mais acessíveis do mercado.
Trata-se de oportunidade para quem quer variar os investimentos com menos riscos e mais possibilidade de retorno. Também é recomendada àqueles que querem fazer o dinheiro render em um cenário de juros altos, visto que a poupança deixou de ser atrativa muito tempo atrás.
O ETF é formado por 90 ativos de 61 emissores com exposição em diversos setores, mas será rebalanceado mensalmente de acordo com a metodologia adotada pela Teva para garantir melhor retorno ao investidor a partir das mudanças de mercado.
Sócio e Head de Crédito Privado do BTG Pactual Asset Management, Eduardo Arraes disse, à época do lançamento, que o ETF DEBB11 é um produto inovador, em um mercado com forte tendência de expansão, que permite ao investidor ter exposição ao mercado de crédito privado brasileiro por meio de um instrumento que alia baixo risco de crédito, diversificação e liquidez em bolsa.
Conforme o executivo, na composição do DEBB11 foram utilizados os seguintes critérios: debêntures com emissão igual ou superior a R$ 300 milhões, volume mensal de negociação no valor mínimo de R$ 10 milhões e presença mínima de 40% em dias de negociação.
Por fim, ele disse que os ETFs combinam o melhor dos dois mundos: estrutura dos fundos de investimento e a flexibilidade de negociação de ativos individuais.
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