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CPI: inflação ao consumidor dos EUA sobe mais que projeção e pressiona Fed

CPI: inflação ao consumidor dos EUA sobe mais que projeção e pressiona Fed

A inflação de janeiro nos EUA, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC ou CPI em inglês), subiu mais do que o esperado, indicando uma piora das perspectivas para a economia e consolidando a probabilidade de aumentos substanciais das taxas de juros este ano pelo Federal Reserve (Fed).

O indicador avançou 0,6% em janeiro, quando o mercado projetava 0,4%. Na comparação anual, o avanço é de 7,5%, quando a expectativa era 7,2%.

Com isso, aumenta a pressão para que o Fed endureça o discurso e avance com os juros a partir de março.

Até aqui, o mercado vinha apostando em alta de juros de 0,25 ponto porcentual para 16 de março. Mas os próximos passos são incertos: já há quem cogite 0,5 p.p. e até sete altas sequenciais ao longo de 2022.

Excluindo os custos voláteis de gás e mantimentos, o núcleo do CPI aumentou 6% na comparação anual, ante a estimativa de 5,9%.

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As taxas mensais também ficaram mais quentes do que o esperado, com o principal e o núcleo do CPI subindo 0,6%, em comparação com as estimativas de um aumento de 0,4% em ambas as medidas.

O núcleo da inflação subiu em seu nível mais rápido desde agosto de 1982.

Componentes do CPI

Em termos percentuais, o óleo combustível aumentou mais em janeiro, subindo 9,5% como parte de um aumento de 46,5% ano a ano. Os custos de energia em geral aumentaram 0,9% no mês e 27% no ano.

Os custos dos veículos, que têm sido um dos maiores contribuintes da inflação, ficaram estáveis ​​para os novos modelos e aumentaram 1,5% para carros e caminhões usados ​​em janeiro. As duas categorias apresentaram aumentos respectivos de 12,2% e 40,5% nos últimos 12 meses.

CPI

O que a subida de juros nos EUA tem a ver com o investidor brasileiro?

A subida de juros nos EUA afeta os mercados do mundo todo. Isso porque, com a alta, a tendência é que os investimentos migrem para os títulos americanos, papéis considerados os mais seguros do mundo.

O Brasil, país emergente, muito possivelmente sentirá o baque com a fuga de capital estrangeiro. Entenda mais em nosso artigo. 

O BTG Pactual (BPAC11) acredita em alta de 0,25 ponto porcentual dos juros americanos na reunião do Fed de 16 de março, com risco crescente do ajuste ser de 0,5 p.p.

Depois, o banco prevê mais cinco altas em 2022, podendo chegar a seis. O início da redução do balanço patrimonial do Fed é previsto para maio.