O Índice de Confiança do Consumidor nos EUA em novembro caiu a 100,2 pontos, ante 102,2 pontos em outubro, segundo cálculos divulgados pelo Conference Board nesta terça-feira (29). Os números ratificam os dados verificados em pesquisa similar apresentada na semana passada pela Universidade de Michigan.
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O índice apresentou queda em seus dois componentes: no caso da situação presente, caiu para 137,4 pontos, depois de estar em 138,7 pontos em outubro; a expectativa para os próximos seis caiu de 77,9 pontos no mês passado para 75,4 agora.
O detalhamento da pesquisa mostra alguns sentimentos dúbios entre os consumidores, que respondem de forma eletrônica às perguntas, já que algumas respostas demonstram uma visão mais otimista:
- 18,2% dos consumidores disseram que as condições econômicas parecem “boas”, contra 17,7% em outubro;
- por outro lado, 26,7% avaliam as condições como “ruins”, contra 24% no mês anterior; 19,9% esperam que as condições econômicas melhorem, ante 19,6%; o número de pessoas que esperam piora, por sua vez, caiu de 24,3% para 22.7%;
- 45.8% dos consumidores disseram que a condição de empregos é “tranquila”, ante 44,8% em outubro; já o número de consumidores que disseram que o emprego está “difícil de conseguir” se manteve em 13%;
- 18,6% acham que haverá mais empregos nos próximos meses, ante 19,5% no mês passado; 21,4% acreditam que haverá menos empregos, contra 20,8% em outubro.
Para a analista Lynn Franco, diretora de Indicadores Econômicos do Conference Board, o principal motivo para o pessimismo dos consumidores é o aumento dos preços de combustíveis verificado em novembro. Além disso, o aumento dos juros e a contração da economia, a fim de combater a inflação, também deixa o consumidor pessimista.
“O fato de o índice de expectativas estar abaixo de 80 pontos mostra que o temor de uma recessão permanece elevado. É uma combinação de fatores que desafia a confiança e o crescimento econômico para o começo de 2023”, explicou a analista.
No caso da expectativa sobre salários os consumidores também se colocam pessimistas: 17,2% acham que sua renda vai melhorar nos próximos meses, número que era de 19,6 em outrubro; já o número de pessoas que teme queda na renda subiu de 15,2% para 16,6%.
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Os índices de confiança e a economia dos EUA
Os índices de confiança do consumidor são usados para acompanhar o sentimento do consumidor em relação às medidas tomadas pelo governo e pelo Fed (o banco central do país, que é independente) a respeito das políticas econômicas.
Para controlar a inflação, considerada a mais alta dos últimos 40 anos, o Fomc, comitê de política monetária do Fed, vem promovendo um ciclo de alta de juros, com a taxa básica anual hoje no intervalo entre 3,75% a 4%. Ainda haverá uma reunião em dezembro que deve sinalizar nova alta, com o mercado dividido entre 0,5 p.p. e 0,75 p.p. para o aumento.
Embora alguns analistas apontem o risco de recessão com a redução da atividade econômica, o presidente do Fed, Jerome Powell, já disse que o ciclo de alta só será interrompido quando a inflação se aproximar da meta de 2% ao ano – hoje, o índice está em 7,7%.
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