A subida das taxas de juros vieram, como esperado.
Tanto no Brasil, quanto nos EUA a alta já era esperada. O que sempre causa uma certa tensão é se esse movimento vem dentro do que era esperado pelo mercado e, nesse caso, veio sem surpresa.
Subida de juros: como ficam os investimentos?
Agora, a grande questão é: como ficam os investimentos com essa nova realidade, principalmente, nos EUA, onde os juros não eram elevados desde 2018?
No Brasil, a situação ainda é muito delicada, pois sofremos mais com a inflação do que países desenvolvidos. Por isso, a Selic subiu para 11,75%, enquanto na terra do Tio Sam ficou entre 0,25% e 0,50%.
Todo esse aumento é sempre para conter o avanço da inflação que, por sinal, não demonstra sinal de cansaço e deve avançar acima do esperado pelo Banco Central.
Sendo assim, as oportunidades ainda continuam na renda fixa, tanto para crédito bancário, quanto para o crédito privado.
Todavia, é necessário uma avaliação mais cuidadosa do quão seguro é o crédito privado.
O foco ainda são títulos atrelados à inflação, conhecidos como IPCA+.
Mas não tirem os olhos dos pós-fixados também. Assim como dos pré-fixados, porque podem surgir boas opções pontualmente.
Além disso tudo, existe muita gente de olho bem aberto para os títulos de IPCA+ do Tesouro Direto e de créditos privados (debêntures, LCI e LCA) para fazer ganhos de renda variável na renda fixa, através da “mágica” marcação a mercado – e para saber mais sobre como lucrar com ela, você deve chamar o seu assessor de investimento!
É o fim da B3?
Agora, o que muita gente tem me perguntado é: seria este o fim da Bolsa de Valores?
Pois eu respondo que não! Muito pelo contrário!
Óbvio que precisamos ter muito mais cuidado com as escolhas dos ativos de renda variável, com a saúde do coração e o estoque de Dramin!
Pois mesmo as ações menos voláteis devem sofrer movimentos fortes de sobe e desce. Então, marujos de primeira viagem: preparem-se!
O setor bancário, apesar de menos estímulo à tomada de crédito, com o aumento da taxa de juros e possível aumento na inadimplência, consegue aumentar sua margem no seu produto mais rentável que é o crédito.
Portanto, os bancos costumam passar bem por momentos como esse.
Também as commodities devem ir bem e, consequentemente, as empresas ligadas a elas.
Outro setor amado pelos buy & holders para trazer menos flutuação para a carteira é o elétrico. E dentro do setor elétrico, o de transmissão – que, além de tudo, costuma pagar bons dividendos.
Subida de juros e os FIIs
Os fundos imobiliários ainda não conseguiram voltar para os preços pré-pandemia e têm pago dividendos acima de dois dígitos.
Compondo um belo conjunto de bons dividendos, é possível valorização nos fundos de papéis e de tijolos.
Mercado internacional
Nos EUA, o grande “tchan” para nós brasileiros é a possibilidade de dolarizar o patrimônio e fugir do famoso “risco tupiniquim”, que costuma ficar maior durante épocas de eleição.
Além disso, com o aumento da taxa de juros nos EUA, muito capital volta para o território americano e é aplicado no título mais seguro do mundo: o Tesouro Americano.
Isso faz com que o dólar se fortaleça perante a outras moedas e deixa o sonho de ver o Mickey Mouse um pouco mais longe.
Só uma observação: como o cambio é o cemitério de todo economista, prefira ir fazendo aportes para dolarizar parte do seu patrimônio sempre que possível e vá criando seu preço médio ao longo do tempo.
O mercado de capitais americano é o maior do mundo e existem muitas oportunidades em renda variável e reits, mas, novamente, deve acontecer muita oscilação lá fora também, como vimos acontecer mais recentemente com a techs que tiveram seus valuations bastante afetados com o aumento na taxa de juros, que ainda deve subir mais seis vezes durante o ano corrente.
Fato é que você tem que estar atento às oportunidades de curto prazo e, acima de tudo, ter uma estratégia de investimento bem definida, mas não definitiva. Afinal de contas, tanto a sua vida quanto o mercado financeiro mudam muito rapidamente e você precisa estar com a cabeça aberta para mudanças.
É como o Waze: você coloca o destino final e o caminho vai se ajustando no decorrer da “viagem”.
Ah é… já tinha me esquecido… Faça sua reserva de oportunidade!
Por Denis Miyabara, assessor de investimentos
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