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Investimento em renda fixa: entenda indexadores e oportunidades

Investimento em renda fixa: entenda indexadores e oportunidades

A renda fixa promete bons retornos em 2022. Mas é importante saber escolher as melhores opções para garantir uma boa rentabilidade. Conheça um pouco mais sobre essa excelente opção de investimento.

Renda fixa é o tipo de investimento que tem as regras de rendimento já definidas antes de fazer a aplicação.

No momento em que o investidor for aplicar, ele já sabe exatamente qual o prazo de vencimento do título e qual a taxa de remuneração ou índice que será utilizado para valorizar o dinheiro investido.

Na prática, quem investe em um título de renda fixa está “emprestando” seu dinheiro para alguém. Em troca, espera receber o capital investido de volta no futuro acrescido de juros.

Os detalhes dessa transação (prazos, taxas, índices de referência) e mais informações quanto à negociação dos ativos são acertados desde o início.

Qual o rendimento para quem investe em renda fixa?

Antes de tudo, é importante que você conheça os três principais indexadores utilizados para remunerar o capital de quem compra um título de renda fixa.

São eles: Prefixados, Pós fixados e os Híbridos.

Prefixados

Os títulos prefixados são aqueles em que a taxa de retorno já é conhecida no momento da aplicação. Por exemplo, ao contratar um título Prefixado com taxa de 12% ao ano, você já sabe exatamente o quanto irá resgatar no final do período, independente do que acontecer com o mercado, economia, política etc. De acordo com o valor aplicado, você já consegue calcular exatamente o quanto irá resgatar no final do período.

Exemplo Aplicação Prefixada

  • Taxa: 13% aa
  • Prazo: 1 ano
  • Valor aplicado: R$ 100.000,00
  • Valor bruto no vencimento: R$ 113.000,00

Pós fixados

Os títulos pós-fixados têm seus rendimentos geralmente atrelados a algum indicador da economia como CDI ou taxa Selic.

A Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira e serve como principal instrumento de política monetária utilizada pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação. O CDI é a sigla para Certificado de Depósito Interfinanceiro e representa a média dos juros das operações de empréstimo de curtíssimo prazo realizadas diariamente pelos bancos entre si. O CDI e a Selic caminham muito próximos um do outro.

Aplicações de renda fixa pós fixadas são as mais comuns no mercado por serem as mais conservadoras. Nesse caso, um título pós fixado irá pagar um percentual da taxa, como 120% do CDI, por exemplo. Aqui, o rendimento não pode ser medido com tanta precisão afinal é a oscilação do indicador que determina o quanto a aplicação irá render.

Exemplo Aplicação Pós fixada

  • Taxa: 120% do CDI
  • Prazo: 1 ano
  • Valor aplicado: R$ 100.000,00
  • Valor bruto no vencimento: Depende de quanto será o CDI no período.

Considerando que o CDI atual está em 9,15%aa e que ele fique dessa forma nos próximos 12 meses, essa aplicação irá render 9,15%aa x 120% = 10,98% aa.

Se o CDI baixar de 9,15%, a rentabilidade do ativo consequentemente irá diminuir. E o contrário é verdadeiro, se o CDI subir nesse período, a rentabilidade do ativo aumenta.

Esse tipo de aplicação pós-fixada está fazendo bastante sentido no momento considerando a subida na taxa de juros esperada pelo mercado.

Híbridos

Os títulos híbridos são uma combinação das duas acima, uma parte do rendimento é prefixado enquanto a outra depende de algum indicador, como o IPCA ou o próprio CDI que falamos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é um importante indicador da economia que mede a inflação de um conjunto de produtos e serviços comercializados no varejo.

Nesses casos, o rendimento será a variação do índice contratado acrescido de uma taxa prefixada.

Exemplo Aplicação Híbrida

  • Taxa: IPCA + 6% aa
  • Prazo: 1 ano
  • Valor aplicado: R$ 100.000,00
  • Valor bruto no vencimento: Depende de quanto será o IPCA no período.

Quem investe em títulos atrelados ao IPCA busca principalmente proteger o capital da inflação. Afinal, a taxa de juros real já é contratada (nesse caso, 6% aa) e acrescida da variação do IPCA.

Afinal, quais das opções de renda fixa é a melhor alternativa?

Com a alta da inflação nos últimos tempos, uma das principais preocupações dos investidores é preservar o valor do capital. Em períodos assim, é aconselhável ter parte do portfólio em alguma modalidade atrelada ao IPCA.

Em 2021, a inflação medida pelo IBGE foi de 10,06%, enquanto o CDI do período ficou em 4,39%. Quem tinha aplicações atreladas ao IPCA, ou até mesmo prefixados com boas taxas contratadas, conseguiu proteger bem o capital.

Porém, para 2022, o cenário já parece ser um pouco diferente, a taxa do CDI iniciou o ano em 9,15% aa e o consenso do mercado é que fique próxima ou até mesmo acima de 12%. E o IPCA é esperado que fique entre 5% e 6%.

Estamos voltando a olhar com bons olhos para aplicações pós-fixadas para poder surfar esse ciclo de alta na taxa de juros.

Por outro lado, também vemos boas oportunidades de aplicações prefixadas com excelentes taxas.

Mas é importante ressaltar que tudo depende do perfil do investidor, cada cliente tem um perfil e objetivo específico, o nosso trabalho como assessor é entender isso e sugerir as melhores opções para cada um.

Darlin Agazzi
Agente Autônomo de Investimentos