Investir em fundos imobiliários do segmento de logística pode representar uma boa aplicação, já que o setor nunca para por conta das demandas naturais. Nesse sentido, vale a pena observar o BTLG11, integrante do ramo – um fundo de logística.
Este artigo mostra exatamente quais são os principais fatores de análise desse rentável fundo imobiliário. Ao ler o texto, você verá um descritivo geral, suas características, o histórico de cotação e uma interessante simulação.
Continue e leitura e conheça melhor o fundo de logística BTG Pactual. Confira!
Descritivo geral do BTLG11: fundo de logística
O BTLG11 é o Fundo Imobiliário BTG Pactual Logística. Como o próprio nome diz, é um fundo voltado ao segmento logístico. Também há de se ressaltar que é um fundo de tijolo.
Isso quer dizer que seu patrimônio é aplicado em imóveis físicos em sua maioria e não apenas em títulos financeiros do mercado imobiliário.
Seu objetivo é realizar a aquisição ou a construção de unidades desse tipo que sirvam para dar suporte aos processos logísticos comerciais e industriais de seus locatários.
Com isso, surge a geração de renda para o fundo e, consequentemente, para todos os cotistas. A renda auferida com a operação é distribuída na forma de dividendos.
Tecnicamente, o BTLG11 um fundo ANBIMA do tipo renda passiva, com aplicação em logística. Sua constituição se deu na forma de condomínio fechado e com duração indeterminada.
O número atual de cotistas deste fundo de logística ultrapassa a marca de 163 mil e o fundo é administrado pela BTG Pactual serviços financeiros.
Hoje o BTLG11 tem um valor patrimonial de R$ 1,5 bilhão, o que lhe confere uma representatividade de 1,60% no IFIX.
Um destaque desse fundo de logística é sua alta taxa de ocupação. Praticamente todos os imóveis do fundo de logística estão locados e isso representa uma taxa de nada menos que 99,70% de ocupação.
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BTLG11: Características do fundo de logística
A constituição e o lançamento das cotas no mercado se deu em agosto de 2010. O fundo de logística nasceu com o objetivo de adquirir direitos reais sobre imóveis de natureza comercial.
É necessário ressaltar ainda que os empreendimentos devem ser voltados à operações de armazéns logísticos que atendem plantas industriais e o varejo em geral.
Os inquilinos somente são aprovados após uma criteriosa avaliação de risco. Os contratos firmados devem ser sempre de longo prazo.
Além dessa vertente principal, o fundo também está autorizado a manter aplicações no mercado financeiro com seu patrimônio. Esses investimentos devem ser feitos em ativos específicos no mercado.
Um desses papéis são as letras financeiras do Tesouro (LFTs), além de cotas de outros fundos. Esses fundos devem ter seu patrimônio aplicado necessariamente em renda fixa e em classes referenciado DI.
A taxa de administração do fundo cobrada aos cotistas é de 0,90% ao ano sobre seu valor patrimonial, com o valor mínimo mensal de R$ 80 mil.
A política de distribuição de dividendos indica que os resultados obtidos pelo fundo devem ser repartido entre seus membros em um percentual não inferior a 95% do total.
Além disso, a título de antecipação de resultados semestrais, o fundo faz uma distribuição até o dia 25 de cada mês apurada sob o mês imediatamente subsequente.
Em relação aos ativos mantidos atualmente pelo BTLG11, podemos afirmar que se tratam de 16 empreendimentos no total, todos voltados ao setor de logística, naturalmente. Os imóveis estão distribuídos em quatro estados brasileiros.
A composição da carteira deste fundo de logística está assim distribuída: 1 imóvel no Rio de Janeiro, 1 no Ceará, 1 em Santa Catarina e o restante todos no estado de São Paulo, 13 ao total.
Histórico de cotação do fundo de logística BTLG11
A cotação atual é de R$ 102, com a data de fechamento da cota em 16/05/22. Analisando sua movimentação em 12 meses, percebe-se o efeito da crise causada pela pandemia, mas de modo não tão grave.
Em maio de 2021, sua cota era de R$ 115,00, a partir de quando passou por uma queda abrupta de quase 10% em pouco mais de 1 mês.
Posteriormente, a cota se recuperou rapidamente, voltando ao patamar de R$ 114,00. No entanto, iniciou-se um período de queda que foi até novembro de 2021. No total, a desvalorização foi de mais de 16%.
Foi quando começou a recuperação. Em apenas um mês, praticamente, a cota elevou-se para R$ 106,00, com valorização de 11,50%, chegando a quase R$ 107,00.
A partir daí o mercado andou de lado durante esse tempo todo, com a cota compreendida entre R$ 102,00 e R$ 104,00 que é o atual patamar na qual se encontra hoje.

Reprodução/Google
Fundo de logística BTLG11: Distribuição de dividendos
Os resultados de distribuição de dividendos do BTLG11 são expressivos. Somente em abril de 2022 foi distribuído um percentual de 0,70% de proventos sobre o valor da cota. Isso resultou em R$ 0,72 por cota.
Olhando para o resultado trimestral, o percentual total distribuído foi de 2,11%, somando R$ 2,16. Já no período semestral, a distribuição alcançou 4,23%, com R$ 4,23 em distribuição.
Da mesma forma, quando olhamos o resultado em 12 meses, é possível perceber um bom percentual de retorno aos investidores. O montante total em termos percentuais foi de 8,42% sobre o investimento, com R$ 8,60 no total.
Já quando consideramos a distribuição de proventos durante toda a existência do fundo, identifica-se um pagamento de R$ 92,59 sobre todo o período, resultando em um payback de 90,67%.
Para ressaltar os melhores momentos de pagamento de dividendos do fundo, é preciso voltar ao ano de 2016. Em janeiro deste ano, o dividend yield (DY) foi de 1,72%, enquanto que em fevereiro foi de 1,50%.
Maio do mesmo ano também foi muito representativo, com 1,60% de DY, e junho foi o melhor de todos os meses, com DY de 2,68%. Já agosto foi o segundo melhor mês, com 2,49% de DY.
Simulação de aplicação fundo de logística BTLG11
Em uma simulação com aplicação de R$ 50 mil 12 meses atrás, o resultado do investimento teria sido positivo em 3,5% aproximadamente.
Ainda que a cota do fundo tenha se desvalorizado em mais de 11%, o pagamento de proventos compensou essa perda, resultando em um retorno positivo.
No período, a simulação identificou um recebimento de nada menos que R$ 4.024,32 (lembrando que são isentos de pagamento de imposto de renda).
Quando somados ao valor de rentabilidade do valor inicialmente aplicado, chegamos ao montante de R$ 51.719,52 no período de 12 meses. Uma rentabilidade superior a da poupança em quase 75% a mais.
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Por que investir em Fundos Imobiliários?
Fundos de investimentos imobiliários (ou FIIs) são fundos fechados com cotas negociadas em bolsa de valores.
Os FIIs têm uma característica bastante peculiar: eles pagam dividendos mensais a seus cotistas, de forma análoga com o pagamento de aluguel em um imóvel tradicional.
Como vantagem está o fato de que esse recebimento ser isento do pagamento de imposto de renda.
Um dos pontos em comum que os FIIs têm com fundos de outro mercado é o fato de possuírem um gestor. Ele é a figura central na alocação dos recursos do fundo.
A depender do tipo de fundo imobiliário que estamos tratando, o patrimônio pode ser aplicado em imóveis físicos (como lajes corporativas e galpões logísticos), terras agrícolas ou títulos de crédito, como CRIs e LCIs.
Vale a pena investir em FIIs?
Existem diversas razões que colocam os fundos imobiliários – assim como o fundo de logística – como uma boa alternativa de aplicação.
A mais conhecida delas é a possibilidade de recebimento de uma renda mensal.
Da mesma forma que ocorre com o investimento em imóveis, é possível receber dividendos mensalmente e ainda ganhar com a valorização da cota.
No entanto, os fundos imobiliários permitem que o ganho ocorra na forma de juros sobre juros, e isso acontece quando o investidor aplica os valores que recebeu comprando mais cotas.
Não é necessário grandes complicações para alocar dinheiro em FIIs. Basta ter uma conta em uma corretora e enviar as ordens de compra pelo home broker.
Não é preciso ir a cartório de imóveis nem pagar taxas do mercado imobiliário, como normalmente acontece com os imóveis tradicionais.
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