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Verde, de Luiz Stuhlberger, zera posição em ações brasileiras

Verde, de Luiz Stuhlberger, zera posição em ações brasileiras

A Verde Asset Management, comandada por Luiz Stuhlberger, anunciou que zerou sua exposição a ações brasileiras, conforme comunicado em sua carta mensal. A medida reflete a preocupação da gestora com os “fundamentos preocupantes” da economia nacional, especialmente em relação à condução da política fiscal.

Mesmo com o Ibovespa registrando uma alta significativa de 6,5% em agosto, impulsionado pela entrada de capital estrangeiro e pelo otimismo em torno de possíveis cortes de juros nos Estados Unidos, a Verde adotou uma postura mais cautelosa em relação ao mercado brasileiro. A gestora apontou a situação fiscal como uma fonte de inquietação, criticando as políticas públicas que estão sendo implementadas fora do orçamento oficial, como o Vale Gás e o programa Pé de Meia.

“A crescente preocupação com o nível e a trajetória da dívida pública brasileira nos parece uma consequência inevitável”, destacou a gestora, referindo-se aos mecanismos parafiscais utilizados pelo governo para criar novos benefícios sociais.

No contexto doméstico, a Verde aposta no aumento da inflação implícita e na elevação dos juros de longo prazo, antecipando o ciclo de alta que o Banco Central deve iniciar em breve. Além disso, o fundo aproveitou o recente otimismo no mercado para reduzir suas posições, particularmente em setores cíclicos domésticos, e para implementar proteções (hedges), resultando na menor exposição à bolsa brasileira desde 2016.

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Verde: cenário global mais positivo

Apesar da visão pessimista sobre o Brasil, a gestora de Stuhlberger permanece mais otimista em relação à economia dos Estados Unidos, apostando em um cenário de “pouso suave“, no qual a inflação é controlada sem provocar uma recessão. Nesse contexto, a gestora identifica valor em títulos indexados à inflação e ações, que continuam a fazer parte de sua estratégia de investimentos globais.

A Verde, que acumula um ganho de 4,61% no ano, abaixo dos 7,10% do CDI, também ressaltou que a volatilidade eleitoral nos Estados Unidos pode impactar os mercados nos próximos meses. No entanto, a gestora vê oportunidades em ativos internacionais e mantém sua exposição global.