A Vale (VALE3) registrou uma queda de 64% no lucro líquido do quarto trimestre do ano (4TRI24) ao atingir US$ 872 milhões ante US$ 2,425 bilhões do mesmo período do ano anterior. No terceiro trimestre de 2023, o lucro havia atingido US$ 2,433 bilhões. Já ao considerar o resultado atribuível aos acionistas, há prejuízo de US$ 694 milhões ante lucro de US$ 2,4 bilhões do mesmo trimestre do ano anterior.
O lucro líquido acumulado de 2024, chegou a US$ 7,772 bilhões contra US$ 8,023 bilhões do ano anterior, tendo uma retração de 3%.
Em seu balanço, a mineradora registrou ebitda de US$ 4,119 bilhões do último trimestre do ano passado. Enquanto isso, no mesmo período do ano anterior, o ebitda havia sido de US$ 6,458 bilhões, tendo uma redução de 40%.
Já a receita líquida de vendas da companhia havia sido de US$ 10,124 bilhões no último trimestre de 2024, contra US$ 13,054 bilhões, tendo uma redução de 22%.
A companhia informou ainda que as despesas relacionadas com Brumadinho e descaracterização das barragens recuaram para US$ 111 milhões contra US$ 396 milhões, uma redução de 72%.

Vale (VALE3) mantém todas as metas operacionais em 2024
A VALE3 encerrou 2024 com um desempenho operacional considerado forte em todos os seus segmentos de negócios, atingindo todas as metas estabelecidas para o ano. Os embarques de minério de ferro permaneceram estáveis no trimestre, mas registraram uma queda de 9,1 milhões de toneladas em relação ao ano anterior, reflexo da estratégia de priorizar produtos de maior margem.
O prêmio all-in aumentou US$ 2,9 por tonelada tanto na comparação trimestral quanto anual, chegando a US$ 4,6/t. O preço médio realizado dos finos de minério de ferro foi de US$ 93/t, 3% superior ao trimestre anterior, mas ainda 21% abaixo do valor registrado no ano passado, impactado pela redução nos preços de referência do mercado.
A empresa também registrou uma redução nos custos operacionais. O custo caixa C1 dos finos de minério de ferro, excluindo compras de terceiros, caiu 9% em relação ao trimestre anterior e 10% na base anual, atingindo US$ 18,8/t – o menor nível desde o primeiro trimestre de 2022. No acumulado do ano, o custo ficou dentro do limite inferior da projeção, em US$ 21,8/t, uma redução de 2% na comparação anual, impulsionada por maior eficiência operacional e pela desvalorização do real frente ao dólar.
Já os custos all-in de cobre e níquel também apresentaram recuo, atingindo US$ 1.098/t e US$ 13.881/t, respectivamente. O custo do cobre foi o menor desde o quarto trimestre de 2020, enquanto o de níquel atingiu seu nível mais baixo desde o primeiro trimestre de 2022. No acumulado do ano, os custos all-in totalizaram US$ 2.616/t para o cobre e US$ 15.420/t para o níquel, alinhados com as projeções da companhia.
O capex da companhia somou US$ 6 bilhões em 2024, mantendo-se estável na base anual. Com a identificação de eficiências nos projetos em andamento, a empresa revisou para baixo sua projeção de investimentos para 2025, reduzindo o guidance de US$ 6,5 bilhões para aproximadamente US$ 5,9 bilhões.
Endividamento
O fluxo de caixa livre recorrente foi de US$ 817 milhões no trimestre, acumulando uma redução de US$ 2,25 bilhões em relação ao ano anterior, impactado pela menor geração de EBITDA. Esse desempenho resultou em um yield de fluxo de caixa livre recorrente implícito de 10% no ano.
A dívida líquida expandida da empresa permaneceu estável no trimestre, encerrando 2024 em US$ 16,5 bilhões. Além disso, foi aprovada a distribuição de US$ 1,98 bilhão em dividendos e juros sobre capital próprio, com pagamento previsto para março de 2025. O valor corresponde a um dividend yield anualizado de 10,4%. A empresa também anunciou a renovação de seu programa de recompra de ações por mais 18 meses, abrangendo até 120 milhões de papéis.
Vale anuncia pagamento de dividendos
A Vale aprovou a distribuição de dividendos no valor total bruto de R$ 2,14 por ação. O pagamento será feito com base no balanço de 31 de dezembro de 2024, conforme previsto na Política de Remuneração aos Acionistas da companhia.
A data de corte para os acionistas da B3 será 7 de março de 2025, enquanto para os detentores de American Depositary Receipts (ADRs) negociados na NYSE, a record date será 10 de março de 2025. A partir de 10 de março, as ações da Vale passarão a ser negociadas ex-dividendo nas duas bolsas.
Além disso, a empresa confirmou o pagamento de juros sobre capital próprio (JCP) no valor bruto de R$ 0,52 por ação, já aprovado pelo Conselho de Administração em dezembro de 2024. A data de corte para os acionistas da B3 foi 11 de dezembro de 2024, e para os detentores de ADRs, 12 de dezembro de 2024.
Os pagamentos de dividendos e JCP ocorrerão em 14 de março de 2025. Para os detentores de ADRs, o repasse será feito pelo Citibank N.A., agente depositário, a partir de 21 de março de 2025.
A Vale informou ainda que o valor final por ação poderá sofrer ajustes devido ao programa de recompra de ações em vigor. Caso haja mudanças, a companhia divulgará um novo aviso aos acionistas com a atualização dos valores.
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