O banco suíço UBS projeta que a Itaúsa (ITSA4), holding controladora do Itaú ($ITUB4), Alpargatas ($ALPA4), Dexco ($DXCO3), CCR ($CCRO3), Aegea Saneamento, Copa Energia e NTS, volte a ser uma excelente pagadora de dividendos.
Segundo estimativas do UBS, o Itaú deverá distribuir R$ 59,5 bilhões em dividendos nos próximos 18 meses. Como a holding possui mais de 37% do banco, isso permitiria à Itaúsa receber R$ 22,1 bilhões em proventos, equivalente a um dividend yield de 19,5% no período.
O CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho, revelou recentemente que pagamentos de dividendos extraordinários podem ser liberados já no início de 2025.
Historicamente, a Itaúsa repassa 100% dos proventos recebidos do Itaú aos seus acionistas.
Embora o cenário possa parecer incerto, ao analisar o histórico de dividend yield dos últimos cinco anos, a Itaúsa já atingiu níveis superiores aos registrados em anos anteriores.
Nos últimos 12 meses, as ações $ITSA4 apresentaram um retorno em dividendos de 7,31%. Em 2023, o dividend yield foi de 5,64%, em 2022, 7,16%, e em 2021, 4,80%.
Apesar dessa evolução, em 2022, o CEO da holding, Alfredo Setubal, afirmou que a Itaúsa enfrentaria um “vale” de dois a quatro anos, com distribuições menores, próximas do mínimo de 25% do lucro líquido, para depois retomar a média histórica de payout (parcela do lucro destinada a proventos) de 40% a 50%.
Analistas do mercado indicam que a melhoria no pagamento de dividendos da Itaúsa está diretamente ligada ao aumento das distribuições feitas pelo Itaú. Embora a holding controle sete empresas, o banco é o principal responsável pelas distribuições de recursos aos acionistas.
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Em entrevista ao E-Investidor, Milton Rabelo, analista da VG Research, destacou que as outras seis empresas estão realizando investimentos ou possuem elevado endividamento, resultando no pagamento mínimo de dividendos.
Também para o E-Investidor, Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research, acrescentou que a venda da participação do Itaú na XP melhorou o fluxo de caixa do banco, possibilitando uma maior liberação de recursos para os acionistas.
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