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Dojo: supercomputador pode elevar valor de mercado da Tesla em US$ 500 bilhões

Dojo: supercomputador pode elevar valor de mercado da Tesla em US$ 500 bilhões

Na busca pelo domínio da automação de veículos, a montadora Tesla (TSLA; TSLA34) desenvolveu um sistema avançado de computação que deve garantir sua soberania em um mercado potencial de US$ 10 trilhões. A companhia de Elon Musk planeja investir mais de US$ 1 bilhão no supercomputador “Projeto Dojo” até o final de 2024, segundo o CEO.

Com a tecnologia impressionante no radar, estrategistas do Morgan Stanley revisaram o preço-alvo da ação da montadora de US$ 250 para US$ 400. Nesta quinta-feira (14), o papel é negociado na bolsa de valores Nasdaq a US$ 276.

O Dojo coloca a Tesla em um patamar elevado em relação a seus concorrentes. Segundo a instituição, a tecnologia poderá agregar US$ 500 bilhões ao valuation da companhia, avaliada em cerca de US$ 865 bilhões. Para analistas do banco, os resultados da empresa serão impulsionados pelas receitas com software e serviços, o que poderá abrir “novos mercados mais amplos”, para além da venda de veículos.

Acreditamos que o Dojo poderá adicionar US$ 500 bilhões no valor da Tesla, por uma taxa de adoção mais rápida na mobilidade (táxi robô) e nos serviços de rede (SaaS)”, avalia o banco. “Quanto mais analisamos o Dojo, mais percebemos o potencial de valor subprecificado na ação.”  

Dados serão principal desafio da Tesla

O maior obstáculo a ser superado pela Tesla para desenvolver a tecnologia é a capacidade de coletar e processar informações nas situações vividas pelos motoristas no dia a dia, por meio de câmeras e sensores. Com as informações, o Dojo treinará as novas versões do piloto automático.  

A frota total de carros da Tesla em circulação é de 5 milhões de veículos. Até o final da década, o número deve ser de 50 milhões. Com isso, o avanço no número de informações da base de dados da montadora deve crescer expressivamente.

Para isso, a Tesla precisará de uma capacidade computacional enorme, que deverá conseguir com o D1 Dojo, o neurônio da tecnologia. O processador customizado deve conseguir suportar cargas de trabalho mais pesadas e acelerar o treinamento dos sistemas de inteligência artificial. 

Sua principal função será processar as informações das imagens captadas pelos carros, portanto o chip deverá ser mais eficiente nesse propósito do que os processadores de uso geral já disponíveis no mercado. 

Segundo executivos da Tesla, a Nvidia (NVDA; NVDC34), principal fornecedora de clusters de data centers – computadores que trabalham em conjunto –, não vinha conseguindo atender a demanda para mais capacidade computacional.

O custo também será menor para a Tesla. As estimativas da empresa mostram que o D1 oferece uma economia de 6x em relação a outros semicondutores avançados. “O Dojo pode trazer uma economia de US$ 6,5 bilhões nos próximos dois anos,” avalia o Morgan Stanley. 

O supercomputador da Tesla deverá entrar em operação no início do próximo ano.