A Suzano (SUZB3) anunciou na manhã desta sexta-feira (1) a distribuição de proventos no valor bruto de R$ 1,5 bilhão sob a forma de JCP (juros sobre o capital próprio). O valor bruto por ação será de R$ 1,163375077, sem atualização monetária e com desconto de 15% de IRRF (imposto de renda retido na fonte). O valor líquido ficará em R$ 0,9888688155.
O desconto acontece porque os JCP são lançados contabilmente como despesas pelas empresas para redução do lucro real – e, consequentemente, do imposto a pagar. O mecanismo está na mira do governo, que apresentou um projeto de lei para ampliar o imposto retido e reduzir seu impacto no cálculo do lucro real, medidas para ampliar a arrecadação e colaborar na redução do déficit fiscal.
A Data Com, base para o fechamento da lista de acionistas que farão jus aos proventos, será em 7 de dezembro, e o pagamento será realizado pela Suzano (SUZB3) em 10 de janeiro de 2024.
A empresa informou ainda que o valor será deduzido dos dividendos obrigatórios a serem distribuídos referente ao exercício de 2023, conforme determinação da CVM que obriga as empresas listadas em bolsa que distribuam ao menos 25% do lucro apurado aos acionistas em forma de proventos.
A Suzano (SUZB3), uma das principais companhias de papel e celulose do país, reportou prejuízo de R$ 729 milhões no terceiro trimestre de 2023, com receita líquida de R$ 8,948 bilhões e Ebitda ajustado de R$ 3,965 bilhões.
Suzano (SUZB3): Capex de R$ 14,6 bilhões em 2024
A Suzano (SUZB3) também informou nesta sexta-feira sua projeção de investimento de capital (Capex) para 2024, no valor de R$ 14,6 bilhões, além de manter a projeção para 2023, em R$ 18,5 bilhões. A redução, segundo a empresa, se deve ao menor desembolso do Projeto Cerrado, que cai de R$ 8,9 bilhões em 2023 para R$ 4,6 bilhões em 2024, com um desembolso total de R$ 22,2 bilhões.
Já o Capex de manutenção sobe de R$ 6,4 bilhões para R$ 7,9 bilhões, segundo a Suzano (SUZB3), por causa da entrada em operação da Unidade de Ribas do Rio Pardo (atual Projeto Cerrado).
“Além de tal fator, o aumento desta rubrica está relacionado a maiores gastos florestais associados a arrendamentos, manutenção de estradas e silvicultura, por sua vez relacionados ao aumento de área plantada pela companhia, em linha com a estratégia florestal já divulgada ao mercado”, completou a empresa.
Na linha de Terras e Florestas, o Capex cai de R$ 2,4 bilhões para R$ 1,4 bilhão, devido à ausência do desembolso referente à aquisição de Parkia, ocorrido em 2023, e contempla novos investimentos oportunos para “dar continuidade à estratégia de aumento da base florestal da companhia, que buscam proporcionar maior competitividade e/ou opcionalidade de crescimento de seu negócio no longo prazo”, concluiu a Suzano (SUZB3).