A sucessão na Vale (VALE3) continua sem definição, conforme a mineradora informou nesta segunda-feira (19) em esclarecimentos à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A autarquia havia enviado um ofício à companhia pedindo explicações sobre porque divulgação sobre não definição, na semana passada, não foi objeto de fato relevante.
A empresa alegou que o atual CEO, Eduardo Bartolomeo, tem mandato válido até 26 de maio, dando a entender que, até lá, há tempo para tomar qualquer decisão sobre sua substituição ou continuação de seu trabalho na presidência da companhia.
“Conforme esclarecimentos datados de 6 de fevereiro de 2024, a competência para a escolha do Presidente da Vale é exclusiva de seu Conselho de Administração, nos termos do Estatuto Social da Companhia, e deve ocorrer em linha com a Política de Sucessão de Presidente da Vale. O processo está em curso, em conformidade com as legislações aplicáveis e com as melhores práticas de governança corporativa, presentes no Estatuto Social”, informou a mineradora em nota.
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Sucessão na Vale (VALE3) é marcada pela falta de consenso
A falta de um consenso entre os principais acionistas da companhia é um dos grandes problemas. De um lado, estão os conselheiros que apoiam a continuidade de Bartolomeo. De outro, os que defendem a abertura de um processo competitivo para eleger um novo presidente.
Segundo o Valor Econômico, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (BBAS3), e a Bradespar (BRAP4) foram favoráveis a uma possível substituição. O jornal também divulgou ainda que a holding do Bradesco (BBDC4) teria mudado de posição nos últimos dias e se juntado a esse grupo, mas o banco não teria confirmado essa informação. A Cosan (CSAN3), que antes era favorável a Bartolomeo, se absteve na votação. Enquanto isso, a japonesa Mitsui é favorável pelo continuação de Bartolomeo à frente da companhia.
Até mesmo o governo já tentou encaminhar uma indicação na sucessão na Vale (VALE3), buscando, sem sucesso, emplacar o nome do ex-ministro e ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guido Mantega.