Em busca de retornos que superem a renda fixa, cada vez mais investidores migram para a Bolsa de Valores, procurando diferentes oportunidades, seja em ações de grandes empresas (blue chips) ou em companhias menores, conhecidas como small caps.
Mas, em meio a tantas alternativas, qual será a melhor opção para diversificar a carteira e potencializar ganhos?
Para ajudar nessa decisão, o portal EuQueroInvestir preparou um guia completo sobre small caps, explicando suas características, vantagens, riscos e como investir nesse tipo de ação.
O que são small caps?
Small caps são ações de empresas de menor capitalização de mercado, ou seja, companhias cujo valor de mercado total na Bolsa de Valores é menor. Esses papéis também são conhecidos como ações de segunda ou terceira linha.
A classificação por valor de mercado é uma prática comum na Bolsa, que divide as empresas em três grupos: small caps, mid caps e large caps. O cálculo do valor de mercado é simples:
Capitalização da empresa = Total de ações x preço unitário
Em geral, empresas com capitalização inferior a US$ 1 bilhão são consideradas small caps, enquanto companhias com valor de mercado acima de US$ 10 bilhões entram na categoria de large caps. É importante destacar que essa classificação se refere ao porte da empresa, não à sua qualidade ou desempenho.
O Índice Small Cap (SMLL) da B3, criado em 1º de setembro de 2008, é reavaliado a cada quatro meses e atualmente reúne 111 companhias que atendem aos critérios de classificação estabelecidos pela bolsa. Este índice small caps serve como termômetro para analisar a tendência do mercado de empresas de menor capitalização.
Alguns exemplos de small caps conhecidas pelo público são:
- Alpargatas (ALPA4)
- Assaí (ASAI3)
- Bradespar (BRAP4)
- Braskem (BRKM5)
- Camil (CAML3)
- Cogna (COGN3)
- Cosan (CSAN3)
- Lojas Renner (LREN3)
- Magazine Luiza (MGLU3)
- Natura (NATU3)
- Petroreconcavo (RECV3)
- Raízen (RAIZ4)
- Usiminas (USIM5)
Muitas dessas empresas são relativamente novas na Bolsa, o que se reflete em baixa liquidez e menor volume de negociação. Há também companhias com mais tempo de mercado, mas que podem enfrentar desafios, como processos de recuperação judicial.
Como a classificação leva em conta tanto o preço das ações quanto o total emitido, ela é dinâmica e pode mudar com frequência. Por exemplo, se uma ação passa de R$ 10 para R$ 16 em uma semana, o valor de mercado da empresa aumenta, o que pode alterar sua classificação na Bolsa.
Diferenças entre small caps e blue chips
Small caps e blue chips apresentam diferentes potenciais de risco e retorno. Então, a estratégia utilizada por ambas também deve ser diferente.
Valor de mercado
Como visto acima, small caps são ações que possuem valor de mercado mais baixo. Por outro lado, as blue chips estão inseridas dentro do conceito de large cap. Sendo assim, correspondem às ações com maior valor e consequentemente, com mais negócios na Bolsa.
Atualmente, entre as principais blue chips brasileiras podemos citar:
Por serem as mais negociadas no mercado, as blue chips também são as que possuem o maior peso no índice Ibovespa. Representam as ações mais líquidas do mercado.
Dividendos
Uma grande diferença entre blue chips e small caps é quanto ao pagamento de proventos, como dividendos e juros sobre o capital próprio.
As ações blue chip normalmente fornecem dividendos regulares e que crescem de forma constante. Por outro lado, muitas vezes, não fornecem dividendos aos investidores, ou quando pagam, os valores são baixos.
E isso tem explicação. Essas empresas são construídas inicialmente para crescer de forma agressiva. Diante disso, os lucros que elas geram são reinvestidos no negócio, em vez de repassá-los aos investidores.
Então, os acionistas de empresas em crescimento optam por aceitar a falta de dividendos como uma compensação pela expectativa de ganho que a small caps lhes proporcionará à medida que a empresa se fortalece.
Já as grandes corporações tendem a crescer mais lentamente do que as de small caps. Por isso mesmo, conseguem equilibrar melhor a distribuição de dividendos.
Liquidez
Outra diferença é que, normalmente, blue chips são companhias estáveis e consolidadas, com forte geração de caixa e boa governança corporativa. Sendo assim, essas companhias costumam apresentar resultados operacionais mais consistentes e boas distribuições de lucros.
Como a demanda por esse tipo de ação é maior, elas costumam ter liquidez mais alta. É diferente do que acontece com uma small cap, cujo mercado não tem tanta procura.
Desse modo, a falta de liquidez pode ser um problema para as ações de small caps. O investidor pode levar mais tempo para comprar ou vender determinada ação.
Então, por oferecer mais segurança, o preço das ações blue chips tendem a oscilar menos que o de ações small caps.
Afinal, durante períodos difíceis do mercado, é natural que os investidores se tornem mais avessos ao risco e migrem para ações que ofereçam mais qualidade e estabilidade. Ou seja, é natural que aumente a demanda por blue chips em detrimento das small caps.
Transparência
Outro ponto que precisa ser considerado diz respeito à transparência. Grandes companhias são tipicamente transparentes, facilitando com que os investidores encontrem e analisem informações públicas sobre elas.
Em sentido contrário, pequenas corporações nem sempre conseguem oferecer a mesma qualidade de informação.
Por fim, o mercado de small cap é um lugar onde o investidor individual tem vantagem sobre investidores institucionais.
Como compram grandes blocos de ações, os investidores institucionais não se envolvem com tanta frequência em ofertas de companhias pequenas.
Potencial de crescimento
“As empresas de menor tamanho têm potencial de alavancar movimentos, para o bem ou para o mal”, destaca Felipe Paletta, analista CNPI da EQI Research.
Isso significa que o potencial de crescimento das small caps pode ser superior ao das grandes corporações.
Cenário de 2025 das Small Caps
“No ano, o Ibovespa acumula alta de 15%, com as ‘pequenas’ Small Caps entregando retorno superior a 28%”, segundo Felipe Paletta, analista CNPI da EQI Research.
“A Bolsa segue barata, com o Ibovespa superando novas máximas – negociando a múltiplos deprimidos para padrões históricos. O índice é precificado a cerca de 8 vezes o lucro para 2026, enquanto a média histórica gira acima de 10 vezes”, destaca Paletta.
Mais impressionante ainda: “as ‘pequenas’ negociam com um desconto de 28% ante a sua média histórica desde 2009”, indicando uma oportunidade de investimento atrativa no momento atual.
Como investir em small caps
Investir em small caps é uma dúvida que ronda muitos investidores que estão em busca de opções mais lucrativas para diversificar sua carteira de investimentos.
Existem diversas formas de investir dinheiro em small caps. Comprar ações, esperando pela sua valorização, é apenas uma delas.
Você pode investir, basicamente, por três caminhos distintos:
Ações
Em primeiro lugar, antes de investir em uma small cap – ou em qualquer outro tipo de ação – é necessário ter uma conta com saldo em uma corretora. A partir disso, a compra das ações é feita por meio da plataforma da corretora escolhida diretamente ligada ao pregão da Bolsa.
Levando em conta os objetivos do investidor, o passo seguinte é estabelecer uma estratégia alinhada com a aquisição de small caps.
Uma dica aqui é conferir se os analistas da sua corretora acompanham as ações de empresas desse segmento.
Isso é especialmente importante no caso de small caps, pois, muitas vezes, essas companhias não estão sob os holofotes. Então, ter uma fonte de informação segura e confiável pode ser um diferencial.
A carteira de Small Caps do BTG Pactual (BPAC11) está disponível no app EQI+, oferecendo uma seleção profissional de papéis analisados por especialistas certificados.
ETFs
Outra forma simples de se expor em ações small caps é por meio da compra de fundos de índices, também conhecidos como ETFs. Esse tipo de fundo tem como característica predominante replicar a carteira de índices, como o Ibovespa e o Ifix.
No que se refere às small caps, a B3 oferece atualmente dois tipos de fundos ETFs: o SMAL11 (iShares BM&FBovespa Small Cap Fundo de Índice) e o SMAC11 (It Now Small Fundo de Índice).
Ambos replicam o desempenho de uma carteira teórica de small caps da B3, representado pelo índice SMLL.
A diferença é que o SMALL11, negociado desde de 2008, é um ETF oferecido pela gestora americana BlackRock. Já o SMAC11 foi criado em 2020 pelo Itaú como mais uma alternativa para quem deseja investir em companhias com ações small caps.
“Acredito que valha mais a pena investir no SMAL11, o mais longevo dos ETFs, com maior patrimônio, maior liquidez e custo relativamente baixo”, avalia Felipe Paletta.
Vale destacar que o SMAL11 entrou na carteira Buy and Hold da EQI Research, reforçando a tese de longo prazo para o segmento de empresas de menor capitalização.
Entre as vantagens desse ETF está a possibilidade de investir em uma carteira diversificada e assim diluir os riscos do investimento.
Ao mesmo tempo, o custo de aquisição do ativo é baixo. Isso porque a taxa de administração cobrada é de 0,50% ao ano, uma das mais baixas quando comparadas com a média dos fundos de ações.
Fundos
Para quem ainda não domina muito bem o processo de investir ou não dispõe de muito tempo para garimpar bons ativos, outra opção interessante é investir em small caps por meio de fundos de investimentos.
Os fundos de investimento compostos por essas ações podem ser uma boa alternativa para quem deseja investir nesses papéis sem se arriscar tanto.
Outra vantagem que essa classe de ativos oferece é ser administrado por um gestor que conhece bem o mercado financeiro, isso livra o investidor de se preocupar com uma série de burocracias e análises complexas.
Entre elas, os gestores buscam por companhias com valor intrínseco acima do valor de mercado. Em outras palavras, significa dizer que o gestor rastreia boas empresas que ainda não foram reconhecidas como tal pelo mercado.
Para adquirir esse tipo de fundo, basta ter conta em uma corretora de valores. Vale lembrar, no entanto, que as cotas são negociadas fora do ambiente de home broker (plataforma de compra e venda de ações), ou seja, não estão na Bolsa.
Além disso, só pode ser classificado como fundo de small caps quando pelo menos 85% das ações da sua carteira não estiverem entre os 25 principais papéis do IBrX (índice formado por ações com maior liquidez e valor de mercado da Bolsa).
Via de regra, a taxa de administração de um fundo de small cap costuma ser mais alta do que as de ETFs.
Vantagens de se investir em small caps
Investir em ações small caps pode ser uma boa estratégia para quem busca alto potencial de valorização. Isso porque é mais fácil para uma empresa pequena ter um forte crescimento do que isso ser visto em uma empresa grande.
Imagine uma pequena empresa de capital aberto que fature anualmente R$ 500 milhões. É mis provável ela dobrar suas vendas do que ocorrer isto em uma grande corporação que fature R$ 10 bilhões ao ano.
Além disso, muitas dessas companhias pequenas são inovadoras ou atuam em setores ainda não consolidados. Isso aumenta ainda mais a expectativa de crescimento.
Vale destacar que muitas das empresas que hoje estão na Bolsa, com o título de grande companhia, um dia já foram small caps.
Prova disso, são as ações da varejista Magazine Luiza. Quando começaram a ser negociadas, em 2011, os papéis da companhia não passavam de alguns centavos. Muitos anos e desdobramentos depois, a Magazine fechou 2020 com um preço em torno de R$ 25 por ação.
Assim como a varejista, outras empresas também são esquecidas pelos investidores até despontarem no mercado. A distorção no preço desta ação pode ser vista como uma vantagem. Isso porque, em virtude das incertezas relacionadas às small caps, é comum elas ficarem com o preço abaixo do seu valor patrimonial.
Isso significa que as small caps podem ser ações mais baratas. Assim, em um caso de perspectiva positivas, elas têm um espaço grande de alta.
Além disso, como empresas menores possuem uma equipe proporcionalmente menor, elas conseguem se adaptar mais rapidamente às mudanças de mercado.
Outro ponto positivo é o preço. Normalmente, a ação small cap é mais barata do que a blue chip. Ou seja, você pode começar a investir com menos dinheiro.
Análise e oportunidades em 2025
Paletta aponta que “rodando os mesmos modelo e parâmetros que usamos para estimar o Ibovespa em 170 mil pontos em 2026, neste caso para estimar o valor do índice de Small Caps, chegamos à leitura de que as smalls oferecem um potencial de retorno equivalente a 20% ao ano até o final de 2026”.
Quando comparamos o risco-retorno, “se considerarmos que a média histórica da volatilidade do Ibovespa gira em torno de 22% ao ano e das smalls em 25% ao ano, notamos mais um ponto de reforço para a tese, com um excesso de retorno ajustado ao risco para as menores”.
“À medida que o pico de juros parece cada vez mais próximo, com muitas empresas oferecendo balanços robustos, tudo me leva a crer que as Small Caps podem ser uma belíssima forma de se expor a um Bull Market brasileiro que parece estar se desenvolvendo”, complementa o analista.
Riscos de investir em small caps
Apesar de oferecer vantagens consideráveis, investir em small caps será sempre mais arriscado do que apostar as fichas em uma large cap. Dessa forma, é essencial que você analise todos os pontos positivos e negativos para tomar uma decisão.
Entre as desvantagens mais significativas podemos citar as seguintes:
- Forte oscilação: do mesmo modo que se valorizam em um percentual maior, esses papéis apresentam riscos de maior oscilação negativa.
- Baixa liquidez: essas ações costumam ser menos negociadas na Bolsa, com isso, o investidor pode encontrar maior dificuldade em vender os papéis e encerrar seu investimento.
- Crescimento incerto: geralmente empresas small caps costumam ser iniciantes na Bolsa, ou que estão passando por dificuldades, como recuperação judicial ou operação comprometida.
- Incerteza: uma empresa muito nova na Bolsa de Valores não possui dados o suficiente para uma análise mais aprofundada. Com isso, o investidor pode ter dificuldade em precificar a ação e avaliar seu potencial. Além disso, por não possuir a solidez de uma large cap, o risco de que algo possa dar errado ao longo dos anos é muito maior.
Como escolher uma small cap
Agora que você já sabe o que é uma small cap, como investir, suas vantagens e riscos, descubra como fazer a melhor escolha.
Em primeiro lugar, antes de escolher qualquer qualquer ação para investir é preciso ativar a paciência para encontrar uma boa oportunidade.
Isso porque o investidor precisa analisar mais detalhadamente as características de cada empresa e o seu potencial de valorização.
Ou seja, ainda que você tenha descoberto uma small cap com boa oportunidade, mas o mercado ainda não enxergou essa chance de lucro, a tendência é que a ação demore para decolar e valorizar.
Além disso, antes de escolher qual a melhor small cap para investir, leve em conta as seguintes dicas:
Conheça a empresa na qual deseja investir
Atualmente, muitas empresas negociam suas ações na Bolsa de Valores. Então, ao mesmo tempo em que é possível encontrar boas oportunidades, não faltam opções ruins.
Entre elas, algumas são conhecidas no mercado com a denominação de “mico”. Estas empresas carregam consigo graves crises financeiras ou de governança. Então, se quiser evitar problemas, fuja delas!
Desse modo, é essencial conhecer a companhia antes de investir em ações.
Isso pode ser feito buscando o maior número de informações sobre ela, como histórico de cotações, segmento do negócio, principais acionistas, histórico de pagamento de proventos, entre outros.
Acompanhar o desempenho das empresas
Todas as companhias com capital aberto precisam, obrigatoriamente, publicar suas demonstrações financeiras a cada três meses.
Essas informações podem ser obtidas no site da empresa, na parte de relações com investidores, onde é possível analisar os balanços e demais fatos relevantes sobre a companhia.
Essa é uma ação importante para quem deseja investir em uma determinada empresa, tendo em vista que ela permite entender quais são os fundamentos da companhia.
Por meio das demonstrações contábeis, o investidor vai descobrir ainda se a empresa possui uma boa saúde financeira, a qualidade de sua gestão e a perspectiva para o longo prazo.
Buscar informação periódica
Todo bom investidor precisa de informações confiáveis à mão para tomar suas decisões financeiras.
Com as small caps isso se torna ainda mais primordial, pois as empresas são menores. Por isso, as informações não são tão propagadas como nas grandes empresas. Desse modo, acompanhar a empresa por meio de jornais especializados, podcasts e vídeos no Youtube pode ser uma boa ideia.
Além disso, analisar o segmento dentro de um contexto macroeconômico também pode ajudar a tomar boas decisões na hora de investir.
Small caps da Bolsa
É muito comum ouvirmos falar sobre o Ibovespa, índice que representa o desempenho de uma carteira com as principais ações negociadas na Bolsa. Mas você sabia que existe outro índice que representa as companhias menores da B3. É o Índice Small Cap, representado pela sigla SMLL.
Ele é o resultado de uma carteira teórica de ações e units de empresas de baixa capitalização. É uma ferramenta útil para quem investe em ações small caps, pois serve como termômetro para analisar a tendência do mercado.
O SMLL foi criado em 1º de setembro de 2008 e é reavaliado de quatro em quatro meses.
Atualmente, mais de 400 empresas estão listadas na bolsa. Mas atualmente o SMLL reúne 111 companhias, empresas como Eneva, PetroRio, Azul, entre outras.
Para regulamentar a composição da carteira do SMLL, usa-se uma metodologia estabelecida pela B3.
Para entrar no índice, o ativo deve se encaixar em alguns critérios:
- Estar entre os ativos que, em ordem decrescente, estejam classificados fora da lista dos que representam 85% do valor de mercado de todas as empresas listadas na B3;
- Ter presença em 95% dos pregões, no período de vigência das 3 carteiras anteriores;
- Não ser classificado como “Penny Stock”, ou seja, não pode ter uma cotação abaixo de R$ 1;
- A ação precisa estar entre as 99% mais negociadas na Bolsa de Valores.
Não entram na carteira os BDRs e ativos de companhias em recuperação judicial ou extrajudicial, regime especial de administração temporária, intervenção ou que sejam negociados em qualquer outra situação especial de listagem.
Algumas empresas são:
Entre as empresas de educação estão por exemplo, a YDUQS (YDUQ3), a Cogna (COGN3), a Ânima (ANIM3) e a Ser Educacional (SEER3).
Na parte de tecnologia, há companhias como LWSA (LWSA3), Totvs (TOTS3) e Positivo (POSI3). Neogrid (NGRD3), Méliuz (CASH3) e Enjoei (ENJU3).
YDUQS (YDUQ3)
A YDUQS (YDUQ3) é proprietária da Universidade Estácio de Sá. Além disso, é a dona de outros centros educacionais e faculdades do setor privado. Tem como atividade principal listada na bolsa como uma empresa da área de educação de nível superior.
Cogna (COGN3)
Ex-Kroton Educacional, a Cogna (COGN3) foi fundada em 1966. Ela é a nona maior empresa do setor no mundo. A empresa tem como objeto a participação, como sócia ou acionista, em sociedades que explorem a administração de atividades de educação.
Ânima (ANIM3)
A Ânima (ANIM3) é uma das mais novas empresas do setor, sendo fundada em 2003. Tem como atividade principal a administração, direta ou indireta, de atividade de instituições de 3º e 4º graus e educação profissional.
Ser Educacional (SEER3)
A Ser Educacional (SEER3) tem várias universidades, principalmente no Norte e Nordeste do Brasil. Mas possui também instituições no Sudeste e no Sul. Ela está listada como companhia que desenvolve e administração de negócios em educação.
Locaweb (LWSA3)
A Locaweb (LWSA3) é uma small cap que trabalha com tecnologia da informação, programas e serviços, principalmente a hospedagem de sites.
Positivo (POSI3)
A Positivo (POSI3) é outra empresa de tecnologia e atua principalmente na fabricação de produtos de hardware. Tem linhas de telefones celulares que usam o sistema Android.
Enjoei (ENJU3)
A Enjoei (ENJU3) é uma plataforma digital de compra e venda de produtos usados. A empresa estrou na Bolsa de Valores em novembro do ano passado, quando levantou R$ 1,13 bilhão.
Méliuz (CASH3)
A Méliuz (CASH3) se define como um portal virtual para veiculação e divulgação de marcas. Também realiza locação de espaço publicitário, intermediação de negócios, licenciamento de softwares e participação em sociedades.
Neogrid (NGRD3)
A Neogrid (NGRD3) atua com desenvolvimento, licenciamento e implementação de softwares, além de prestação de serviços de assessoria técnica e de treinamento. O principal negócio da empresa é um software que oferece soluções de ponta a ponta na gestão da cadeia de suprimentos (SCM – Supply Chain Management).
Intelbras (INTB3)
A Intelbras é uma empresa que há 45 anos oferece soluções inovadoras em segurança, redes, comunicação e energia., A empresa atua em gerenciamento de imagens, centrais condominiais, na fabricação de produtos de segurança eletrônica, switches e em telefonia.
Bemobi Tech (BMOB3)
Criada em 2009 no Brasil, essa small caps é uma empresa independente. A Bemobi pode ser considerada como pioneira na distribuição e monetização da venda de aplicativos, jogos e serviços digitais de telefonia celular, viabilizando o acesso a um portfólio amplo e inovador de produtos e serviços a milhões de usuários, por um preço acessível e forma facilitada de pagamento.
O modelo de negócios se baseia no tripé canais, serviços e meios de pagamentos suportado pela aplicação do melhor da tecnologia de forma a criar escala e viabilizar o acesso e a cobrança de serviços.
Vale a pena investir em small caps?
Como visto antes, as small caps se referem a ativos de companhias com liquidez e capitalização menores. Como frequentemente esses ativos estão subavaliados devido à escassez de dados ou pelo fato de a empresa ser nova no mercado, o espaço para potencial ganho costuma ser muito grande.
No entanto, antes de investir em ações, independentemente do tipo, você precisa descobrir qual o seu perfil de investidor e quais são seus objetivos.
A partir daí, é possível traçar uma trajetória que alinhe o seu perfil à sua estratégia de investimentos.
Um investidor com perfil mais arrojado consegue tolerar melhor as oscilações de uma small cap. Ele conhece melhor o mercado e sabe lidar bem com as oscilações do papel.
Mas e se eu não tiver um perfil tão arrojado e ainda assim desejar investir em small caps? Uma boa opção pode ser a diversificação por meio de fundos de investimentos e ETFs.
Por outro lado, se o que você busca é uma empresa boa pagadora de dividendos, pense bem. Pagadoras de bons dividendos geralmente estão associadas a grandes corporações. Desse modo, companhias estáveis e estabelecidas são muitas vezes as empresas que os investidores escolhem nesta situação.
Assim, se o seu foco é exclusivamente o pagamento de dividendos, em geral não vale a pena investir em small caps.
Por fim, as small caps podem ter um futuro brilhante pela frente. Ao mesmo tempo, podem não corresponder às expectativas e o investidor corre o risco de perder muito dinheiro com isso.
Então, ressaltamos que independentemente de serem classificadas como blue chips, mid caps ou small caps, qualquer investimento em ações requer estratégia, disciplina e conhecimento do mercado.
“Se um investidor grande quiser comprar R$ 10 milhões em ações de uma empresa que negocia R$ 1 milhão por dia, ele terá que se contentar em fazer frações dessa operação durante um mês inteiro.
Já o investidor sardinha que quiser comprar R$ 10 mil poderá fazê-lo quase que instantaneamente no mercado.
Percebe então a oportunidade que se cria por essa incapacidade do grande investidor institucional de se preocupar com as pequenas empresas?
De forma nenhuma estou dizendo que devemos fugir de grandes empresas como Petrobras ou Vale. Pelo contrário, elas concentram boa parte da rentabilidade que vamos obter no longo prazo investindo em ações.
Mas o alfa de verdade, que é o excesso de retorno sobre o mercado, provavelmente, será proveniente de investimentos em ações de baixa capitalização, onde a oferta se sobrepõe à demanda.
Portanto, o primeiro passo é olhar para o que chamamos de ‘low hanging fruits’ como o estrangeiro gosta de falar.
Especialistas apontam que todos os investidores estão tentando fazer uma única coisa: encontrar ações que estão mal precificadas. Mas, quanto mais investidores fazendo a mesma coisa, cria-se um excesso de demanda por colocar em prática esse comportamento.
E, se faltam oportunidades de ações com preço longe do justo, tudo acaba piorando.
Contudo, existe uma maneira de pender essa gangorra para o lado do analista e do investidor pessoa física.
“Estou otimista de que investir em ações de empresas menores pode entregar belos retornos nos próximos dois anos”, conclui Felipe Paletta. “Isso faz sentido na leitura de que empresas menores operam com um custo de capital mais elevado e, muitas delas, sofrem mais em um cenário de aperto monetário, sob o peso do custo da dívida, de um menor ritmo de crescimento e de consolidações pelas empresas maiores.”
Portanto, o investimento em small caps pode ser uma estratégia interessante para investidores que buscam potencial de crescimento superior, especialmente considerando o cenário atual de múltiplos atrativos e perspectiva de fim do ciclo de alta de juros.
Então, ressaltamos que independentemente de serem classificadas como blue chips, mid caps ou small caps, qualquer investimento em ações requer estratégia, disciplina e conhecimento dos mercados financeiros.