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7 ações brasileiras que se beneficiam com a vitória legislativa de Milei

7 ações brasileiras que se beneficiam com a vitória legislativa de Milei

O resultado das eleições legislativas de domingo (26) na Argentina provocou forte euforia nos mercados. O partido La Libertad Avanza, do presidente Javier Milei, consolidou seu poder político ao conquistar 64 das 127 cadeiras em disputa na Câmara e 13 das 24 cadeiras no Senado. Com isso, Milei ampliou consideravelmente sua base de apoio no Congresso e obteve o respaldo político necessário para acelerar sua agenda de reformas econômicas. No Brasil, algumas empresas podem se beneficiar desse cenário. Confira!

Partido de Milei sai vitorioso em eleições legislativas
Javier Milei, presidente da Argentina. Foto: Reprodução Flickr

7 ações para ficar de olho: a vitória legislativa de Milei

O mercado reagiu com entusiasmo: o índice Merval, principal indicador da Bolsa de Buenos Aires, saltou 21,77% na segunda-feira (28). O avanço refletiu o alívio dos investidores diante da perspectiva de maior estabilidade política e continuidade das medidas de austeridade fiscal e abertura de mercado.

Com a nova composição legislativa, o La Libertad Avanza passa de 37 para 92 deputados, aproximando-se da maioria de 129 necessária para aprovar projetos de lei. Além disso, o partido agora controla mais de um terço dos assentos, o que dá a Milei o poder de impedir a derrubada de vetos presidenciais — uma arma importante após recentes embates com o Congresso.

A vitória também dissipou temores de crise política e financeira, dando ao presidente condições mais favoráveis para implementar suas reformas e restabelecer a confiança de investidores estrangeiros. O resultado foi bem recebido inclusive em Washington: o governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, havia condicionado parte de um pacote de ajuda financeira de US$ 40 bilhões à estabilidade política argentina e ao avanço das reformas de Milei.

Quais são as ações que se beneficiam?

De acordo com João Zanott, analista de ações da EQI Research, algumas empresas brasileiras com forte presença na Argentina podem se beneficiar diretamente do novo cenário político-econômico.

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“Podem se beneficiar devido à perspectiva de maior crescimento econômico, controle da inflação e estabilidade cambial”, afirma.

Ambev (ABEV3)

A Ambev, dona da tradicional Cervecería y Maltería Quilmes, é uma das líderes do setor de bebidas na Argentina. Segundo Zanott, a companhia tende a ser beneficiada no médio e longo prazo caso o plano de Milei tenha êxito.

Com o controle da inflação e recuperação do poder de compra dos consumidores argentinos, a empresa pode registrar aumento nos volumes de vendas, além de uma retomada do segmento premium, impulsionando margens e lucratividade.

Raízen (RAIZ4)

Presente na Argentina desde a aquisição dos ativos da Shell, a Raízen pode sair fortalecida em um ambiente de maior confiança e previsibilidade econômica.

Com a agenda liberal de Milei favorecendo desregulamentação e atração de investimentos, a companhia pode ver crescer o interesse de compradores por ativos que planeja desinvestir, além de se beneficiar da melhora nas margens de refino e distribuição.

Banco do Brasil (BBAS3)

O Banco do Brasil atua no país vizinho por meio do Banco Patagonia, instituição da qual é controlador.
A expectativa é que a melhora do ambiente de crédito e o avanço das reformas facilitem a expansão da carteira de empréstimos e reduzam o risco operacional.

Além disso, a redução dos controles cambiais — um dos pontos centrais da agenda de Milei — pode estimular o comércio exterior e facilitar a repatriação de lucros para o Brasil.

Fras-le (FRAS3), Mahle Metal Leve (LEVE3) e Marcopolo (POMO4)

Empresas com forte ligação com o setor automotivo e industrial argentino também podem colher frutos.
O plano econômico de Milei, caso consiga estabilizar o câmbio e conter a inflação, tende a reduzir custos, aumentar previsibilidade e incentivar a demanda.

A Fras-le e a Mahle Metal Leve podem se beneficiar do crescimento da produção de componentes automotivos, enquanto a Marcopolo — que exporta carrocerias de ônibus ao país — deve ganhar com a renovação das frotas e a recuperação do transporte público argentino.

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