O banco BTG Pactual (BPAC11) reiterou a recomendação de Compra para as ações da Sabesp (SBSP3), no dia seguinte à aprovação pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) do projeto de lei que permite a privatização da empresa. A medida teve 62 votos a favor (14 a mais que o necessário para aprovação), um contrário e abstenção dos demais deputados estaduais de oposição.
O preço-alvo foi mantido em R$ 80, conforme a avaliação realizada em novembro, quando os analistas do banco elevaram o valor anterior de R$ 68. Isso representa um potencial de valorização acima de 15% em relação ao fechamento desta quarta-feira (6), em R$ 68,99. Desde o início do ano, os papéis têm alta superior a 27%.

“Nosso preço-alvo atual de R$ 80 pressupõe uma chance de 60% de privatização, pois atingimos um preço-alvo de R$ 68 com a companhia ainda estatal (sem upsides de privatização) e R$ 88 em nosso cenário de privatização (1x EV/RAB 24)”, diz o relatório divulgado pelo BTG.
Os analistas admitem que a abordagem EV/RAB pode ser considerada simplista, mas explicam que é preciso entender como a privatização da Sabesp (SBSP3) será concluída e como serão as mudanças regulatórias propostas.
“Naturalmente, se a Sabesp conseguir superar seu Ebitda regulatório e capturar parte desses ganhos de eficiência, poderá valer bem acima de 1x EV/RAB, representando um enorme potencial de valorização em relação aos preços atuais”, diz o texto.
Próximos passos da privatização da Sabesp (SBSP3)
Os analistas apontam a aprovação pela Alesp como “um marco muito importante” rumo à privatização da Sabesp (SBSP3), por representar uma redução significativa do risco para a tese de investimento, e esperam que o processo seja aprovado também pela Câmara Municipal de São Paulo.
“O contrato de prestação de serviços com a prefeitura de São Paulo (o mais importante, representando cerca de 55% do faturamento da Sabesp) inclui cláusula que exige aprovação da Câmara Municipal em caso de privatização”, explica o texto.
Ao longo do primeiro semestre, a privatização deve ser formatada, com a discussão do número de novas ações que serão emitidas – a tendência é que o processo seja similar ao da Eletrobras (ELET3; ELET6), com o governo de São Paulo se mantendo como maior acionista, mas sem o controle corporativo da empresa, e limitações para o acúmulo de ações por investidores individuais.
No campo regulatório, ainda é preciso aguardar por modificações que devem ser feitas pela Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) e pela aprovação de novos contratos de prestação de serviços com municípios aderentes à Unidade Regional de Saneamento 1 (URAE 1).

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