O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o fortalecimento da Petrobras (PETR4), em discursos em evento em Angra dos Reis (RJ) nesta segunda-feira (17). Lula disse que a empresa é uma das mais eficientes do país.
“Mas nós temos que pensar nesse país. Não é o Brasil que é da Petrobras, é a Petrobras que é do Brasil. E, portanto, ela precisa ter uma vocação de ajudar a desenvolver esse país. Quanto mais forte for a Petrobras, mais forte será o Brasil”, comentou o presidente. E sugeriu que uma privatização da companhia está descartada, pois esse é um tema sempre levantado quando há problemas com a gestão da companhia.
Os papéis da companhia passaram a subir forte após a declaração de Lula sobre a disposição de fortalecer a companhia. Por volta das 15h30, os papeis ON (PETR3) subiam 1,57%, a R$ 41,49. Já os papéis PN (PETR4) tinha alta de 0,99%, a R$ 37,81.
Ele citou como exemplo que “ninguém saiu ganhando” com a privatização da BR Distribuidora, uma ex-estatal voltada para a produção e distribuição de combustíveis, que hoje é a Vibra (VBBR3), sem nenhuma relação com a petroleira.
“O povo é assaltado pelo intermediário e fica nas costas do governo. Me senti ofendido quando foi privatizada a BR”, disse ele.
Aliás, Lula também citou a questão dos combustíveis. De acordo com ele, a petroleira não pode ser considerada responsável pela alta da gasolina. Isso porque há incidência de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de responsabilidade estadual.
Presidente da Petrobras defende exploração da Margem Equatorial
A presidente da PETR4, Magda Chambriard, reafirmou a necessidade de avançar na pesquisa e exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, região da Margem Equatorial.
Chambriard destacou que a Petrobras está comprometida com o aumento da produção de petróleo até 2030, com foco no Pré-Sal. No entanto, segundo ela, é “urgente” repor reservas, o que justifica a exploração na Margem Equatorial.
O evento em Angra dos Reis serviu como uma pressão pela liberação do licenciamento da região por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na semana passada, Lula já havia dito que o processo passava por uma espécie de “lenga-lenga” no órgão ambiental.
Além da Margem Equatorial, a petroleira também está de olho em blocos de exploração em outros países, como na África. De acordo com a Agência Brasil, há interesse em campos na Angola, na Namíbia e na África do Sul.
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