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Plano de negócios da Petrobras traz novo mecanismo de gestão financeira

Plano de negócios da Petrobras traz novo mecanismo de gestão financeira

A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou que o Plano de Negócios 2026-2030 (PN 2026-30) prevê investimentos totais (Capex) de US$ 109 bilhões

A Petrobras (PETR3; PETR4) anunciou que o Plano de Negócios 2026-2030 (PN 2026-30) prevê investimentos totais (Capex) de US$ 109 bilhões, dos quais US$ 91 bilhões serão direcionados à Carteira em Implantação e US$ 18 bilhões à Carteira em Avaliação. O plano traz uma novidade: a adoção de um mecanismo adicional de gestão financeira voltado a aumentar a resiliência da companhia e ampliar a flexibilidade das decisões de investimento.

A Carteira em Implantação passa agora a contar com duas classificações distintas, que estabelecem níveis de compromisso orçamentário. A primeira é a chamada Carteira em Implantação Base, que soma US$ 81 bilhões e reúne projetos já contemplados no orçamento do Plano, mesmo aqueles que ainda não foram sancionados. Esse conjunto representa o núcleo firme dos investimentos previstos.

Já a Carteira em Implantação Alvo totaliza US$ 91 bilhões. Além dos projetos incluídos na Carteira Base, ela incorpora US$ 10 bilhões em iniciativas cuja validação orçamentária dependerá de análises adicionais de financiabilidade. A Petrobras informou que essas avaliações ocorrerão trimestralmente, considerando projeções de fluxo de caixa e estrutura de capital, definindo assim o ritmo de avanço e eventual priorização dos projetos.

O foco em óleo e gás continua como principal prioridade da petroleira. A estratégia de “dupla resiliência” — baixo custo e baixa emissão — é considerada fundamental para conciliar a liderança na transição energética justa com a segurança energética e o desenvolvimento sustentável do país.

O crescimento sustentável da companhia também se reflete na ambição de manter sua relevância na oferta de energia no Brasil, preservando a representatividade atual de 31% da oferta primária até 2050, com maior participação de fontes renováveis. Além disso, a Petrobras reafirma a meta de neutralizar suas emissões operacionais até 2050.

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Plano de negócios da Petrobras: ambiente desafiador

A estatal destacou que o cenário desafiador exige disciplina de capital, eficiência operacional e otimização de gastos, acompanhados de limites orçamentários mais rígidos para investimentos. A governança de aprovação de projetos também será submetida a critérios mais restritivos, com o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira da companhia.

Segundo a empresa, o novo plano preserva as estratégias definidas no Plano Estratégico 2050 e reafirma a visão de transformar a Petrobras na melhor empresa diversificada e integrada de energia, conciliando o foco em óleo e gás com a expansão em negócios de baixo carbono. Entre as áreas prioritárias estão petroquímicos, fertilizantes, biocombustíveis, além de iniciativas orientadas à sustentabilidade, segurança, meio ambiente e valorização das pessoas.

“Nossos investimentos somam um volume significativo para a economia brasileira, US$ 109 bilhões, que representam 5% dos investimentos totais no país. Nossos projetos têm o potencial de gerar e sustentar 311 mil empregos diretos e indiretos, e vamos contribuir com R$ 1,4 trilhão em tributos para municípios, estados e União nos próximos cinco anos. Seguiremos nossa trajetória como empresa integrada e líder na transição energética justa, promovendo o desenvolvimento sustentável do país”, afirma a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

Na distribuição dos recursos, o plano destina US$ 69,2 bilhões a projetos da Carteira em Implantação Alvo de Exploração e Produção (E&P) no quinquênio. Dessa carteira, 62% correspondem ao pré-sal, 24% a campos do pós-sal, 10% estão alocados em exploração e cerca de 4% relacionados a terra, águas rasas, ativos no exterior, tecnologias ou projetos de descarbonização.

A companhia eleva o patamar da curva de produção de óleo e gás no curto e médio prazo em relação ao plano anterior, por meio de melhor gestão dos reservatórios, novos poços complementares e entrada de novos sistemas de produção, além de uma disponibilidade crescente de gás natural frente à oferta atual.

Custo total do petróleo produzido

A Petrobras prevê uma média do Custo Total do Petróleo Produzido (CTPP) — que inclui custo de extração (abaixo de US$ 6/barril), participações governamentais e depreciação e depleção — de US$ 30,4/boe no quinquênio 2026-2030, considerando participações governamentais alinhadas ao Brent médio estimado no planejamento. O valor representa uma redução de cerca de US$ 6/barril em relação à estimativa do plano anterior.

Serão implantados oito novos sistemas de produção até 2030, sendo sete já contratados. Além disso, há outros dez projetos previstos a partir de 2030. A Petrobras atua como operadora de todos esses campos, com exceção do projeto Raia, operado pela Equinor.

No campo de Búzios, no pré-sal, destaca-se a previsão de concluir a implantação de 11 FPSOs até 2027, com início das operações das unidades já contratadas P-78, P-79, P-80, P-82 e P-83. Uma 12ª plataforma, a P-91, está em fase de licitação.

No horizonte do plano, a Petrobras prevê atingir o pico de produção de óleo de 2,7 milhões de barris por dia (bpd) em 2028, além do pico de produção total de 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia (boed) em 2028 e 2029. Para efeito de acompanhamento do plano, a companhia trabalha com uma margem de variação aproximada de 4% nas projeções anuais.

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