O ano de 2023 não foi fácil para o setor de varejo. As ações das empresas do segmento foram as que mais sofreram no Ibovespa, refletindo os problemas contábeis, as recuperações judiciais, as tentativas frustradas de reestruturação e os resultados fracos apresentados ao longo do ano.
Este ano ficou marcado pelo escândalo das Americanas (AMER3), pelo Grupo Casas Bahia (BHIA3) com dificuldades de se reestruturar, e Magazine Luiza (MGLU3) explicando erro contábil.
No entanto, para 2024, o cenário pode ser mais favorável, com a expectativa de uma melhora na economia e no consumo. A inflação, que corroeu o poder de compra das famílias e afetou as vendas das varejistas, está em queda.
A taxa Selic, que chegou a 13,75%, está em processo de redução e deve terminar 2024 em 9,25%, segundo as perspectivas do mercado.
Essa combinação de juros e inflação menores pode aliviar a situação do varejo, que também espera se beneficiar da maior disponibilidade de crédito e da retomada da confiança dos consumidores. Além disso, o setor aposta na inovação e na tecnologia para se adaptar às mudanças do mercado e às novas demandas dos clientes.
Entre os analistas, há um consenso de que 2024 será um ano de recuperação para as empresas do segmento varejista, mas com algumas ressalvas.
- Leia também: Melhores investimentos para 2024: saiba quais são
- Retrospectiva 2023 e tendências 2024
- 6 ações para investir em 2024: veja seleção
Dentro do setor, há um subgrupo que se destaca pela maior resiliência e potencial de crescimento: as empresas voltadas para a alta e média renda, como Vivara (VIVA3), Arezzo (ARZZ3) e Renner (LREN3). Essas companhias têm uma gestão mais eficiente, uma marca mais forte e uma maior capacidade de investimento.
Por outro lado, 2024 também pode ser um ano de turbulências e incertezas para o varejo. Com os juros ainda altos e a renda das famílias ainda pressionada pela inflação passada, os resultados das companhias brasileiras continuam sob pressão, assim como foi em 2023 se mostrou um ano difícil.
Além disso, as perspectivas para 2024 não são tão otimistas, considerando o cenário político e fiscal do país.
Assim, o varejo brasileiro terá que enfrentar muitos desafios em 2024, mas também poderá aproveitar algumas oportunidades.
