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O que acontece com a Hapvida (HAPV3)? Entenda a desvalorização da empresa

O que acontece com a Hapvida (HAPV3)? Entenda a desvalorização da empresa

O que acontece com a Hapvida (HAPV3)? As ações da companhia de saúde vem se desvalorizando de forma acelerada. Para ter uma ideia, no começo do mês, em sete pregões na bolsa de valores, perdeu metade de seu valor de mercado. No acumulado do ano, até a última sexta-feira (17), as ações da empresa já sofreram uma desvalorização aproximada de 47%.

Em um ano, o valor da ação da Hapvida (HAPV3) registrou queda de 52,16% e hoje (21) é cotado a aproximadamente R$ 2,20. Em seis meses, a queda do papel foi de 72,63%; e em um mês, a retração acumulada foi de 55,06%.

A companhia reportou prejuízo líquido de R$ 316,7 milhões no quarto trimestre de 2022 (4TRI22) frente o lucro de R$ 200,2 milhões do quarto trimestre de 2021, conforme relatório trimestral divulgado em 1º de março.

Nesse relatório, a empresa informou que a receita líquida subiu 150,2% no período ao alcançar R$ 6,5 bilhões contra os R$ 2,5 bilhões do quarto trimestre de 2021 e o Ebitda ajustado, por sua vez, subiu 52% no período ao marcar R$ 598,7 milhões contra os R$ 393 milhões do quarto trimestre de 2021.

Além disso, o balanço mostrou ainda que o impacto nos contratos ainda reajustados de forma negativa representou um impacto de R$ 18,0 milhões. O ticket médio corporativo cresceu 3,6% em comparação com o 4TRI21, impactado pelo decréscimo de 6,7% no comparativo com o último trimestre de 2021, no ticket da Promed em virtude de novos contratos, cancelamentos, mudanças de produto e reajustes.

O que acontece com a Hapvida (HAPV3)? Resultado frustrou investidores, diz BTG (BPAC11)

Na análise do resultado do 4TRI22, o BTG (BPAC11) avaliou que o balanço frustrou os investidores. Ainda assim, o banco manteve recomendação de compra, com preço-alvo a R$ 7,5.

“Há algumas semanas, escrevemos um relatório revisitando a tese de investimento da Hapvida. Muitos investidores estavam se perguntando se essa calma viria no curto prazo, mas os resultados do quarto trimestre não trouxeram esse conforto”, avaliou o BTG em seu relatório.

Como nos resultados trimestrais anteriores, os números do quarto trimestre devem representar novamente riscos de revisão para baixo das estimativas de consenso. Mais importante ainda, como demonstrado no balanço e destacado pelo banco de investimentos, a dívida líquida subiu mais de R$ 630 milhões no trimestre – sendo o principal destaque negativo do 4TRI22.

Por sua vez, as despesas financeiras líquidas foram consideradas decepcionantes pelo BTG, subindo 50% no trimestre para R$ 516 milhões (bem abaixo da do banco de R$ 342 milhões). “Estimamos que cerca de R$ 100 milhões das despesas financeiras líquidas do quarto trimestre foram não recorrentes”, avaliou o banco sobre o que acontece com a Hapvida (HAPV3).

Como resultado, o prejuízo líquido ajustado (sem plano de opções de ações, itens não recorrentes e amortização de ágio, líquido de impostos) foi de R$ 65 milhões – considerado muito pior do que a projeção de lucro líquido de R$ 203 milhões feita pelo banco de investimentos. “O prejuízo líquido contábil totalizou R$ 316 milhões no quarto trimestre, o pior resultado trimestral em 2022”, avaliou o banco.

Possível aumento de capital desagrada mercado

Porém, a gota d´água para o que aconteceu com a Hapvida (HAPV3) neste mês foi o derretimento dos papéis da empresa, causado principalmente pela divulgação, no começo do mês, de um possível aumento de capital, o que acabou desagradando o mercado. A companhia informou que está avaliando oportunidades e alternativas para o fortalecimento de sua estrutura de capital junto de sua base acionária, “bem como com novos investidores, incluindo a possibilidade de emissão de novas ações em aumento de capital”.

Adicionalmente, a companhia informou também que permanece avaliando eventuais alienações de ativos não relacionados às suas atividades principais. Este movimento se encaixa no contexto de focar os esforços da gestão em seu negócio principal, especialmente após a fusão com a NotreDame Intermédica.

Recentemente, a empresa concluiu uma emissão de debêntures no valor de R$ 750 milhões. Esses papéis, foram emitidos em sua quarta emissão e com prazo de vencimento em 2024. Segundo a empresa, esses recursos serão utilizados para pagamento de aquisições já anunciadas pela companhia e suas controladas, bem como para reforço de caixa.

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