O gestor bilionário Nelson Peltz, cofundador da Trian Fund Management, ampliou a participação na Disney (DIS; DISB34) para cerca de 30 milhões de ações. A posição é avaliada em cerca de US$ 2,5 bilhões, segundo a rede CNBC. Com isso, Peltz agora é um dos maiores acionistas da empresa.
Com o novo investimento na Disney, a posição de Peltz praticamente quintuplicou as 6,4 milhões de ações que a Trian detinha ao final do segundo trimestre. Em janeiro, a Trian tinha 9 milhões de ações, compradas a um preço médio de US$ 90/ação.
O movimento acontece no momento em que os papéis da Disney estão em seu menor nível das últimas 52 semanas. Nesta quarta-feira (11), os papéis são negociados a US$ 84,50. No ano, as ações caem 5,02%.
Investimento na Disney: entenda
Segundo o Wall Street Journal, a Trian quer mais de um assento no conselho de administração da Disney, incluindo uma cadeira para Peltz. As indicações de novos conselheiros serão entre 5 de dezembro de 2023 e 4 de janeiro de 2024.
No início do ano, com 9 milhões de papéis da companhia na carteira da Trian, a gestora pressionou a Disney a buscar um sucessor para Bob Iger, enquanto visava uma das 11 vagas do conselho. Mas tudo isso sem sucesso.
Peltz lançou a campanha ‘Restore the Magic,’ para que a Disney voltasse a ter resultados robustos e superasse o desempenho “frustrante” dos últimos anos.
Em fevereiro, Iger anunciou uma reestruturação que incluía o corte de US$ 5,5 bilhões em custos e 7 mil empregos – o que foi uma vitória para Peltz. Hoje com 82 anos, ele já venceu batalhas contra a Kraft Heinz (KHC; KHCB34), a Dupont (DD; DDNB34) e a P&G (PG; PGCO34), provocando mudanças na gestão desses grupos.
