A Natura ($NTCO3) apresentou um prejuízo líquido de R$ 6,693 bilhões no terceiro trimestre de 2024, revertendo o lucro de R$ 7 bilhões obtido no mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia, o resultado foi fortemente impactado pela contabilização de um efeito não-caixa e não-recorrente de R$ 7 bilhões devido à desconsolidação da Avon Products Inc. (API) e suas subsidiárias, que estão sob Chapter 11 nos Estados Unidos desde agosto.
Excluindo esse efeito, o lucro líquido underlying da companhia foi de R$ 524 milhões, frente aos R$ 1,135 bilhões proforma (ex-API e subsidiárias) registrados no mesmo trimestre de 2023.
Segundo a empresa, a melhora de R$ 320 milhões no EBIT (lucro antes de juros e impostos) foi ofuscada pelo aumento das despesas financeiras e da carga tributária, que no 3TRI23 haviam se beneficiado do pagamento de juros sobre capital próprio.
Por outro lado, a receita líquida da Natura no 3TRI24 alcançou R$ 5,976 bilhões, um crescimento de 17,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelas operações da Natura no Brasil, que registraram um avanço de 19,4%, e pela recuperação da Avon CFT, que cresceu 14,4% após uma forte queda no 3TRI23. Nos mercados hispânicos, a Natura manteve um ritmo acelerado de expansão, com crescimento de um dígito alto, exceto na Argentina.
O EBITDA recorrente também apresentou forte recuperação, atingindo R$ 870 milhões — um aumento de 52% em comparação ao 3TRI23, com margem de 14,6%, representando uma expansão de 340 pontos-base.
A empresa destacou que a melhora da margem foi resultado da alavancagem operacional, melhor mix de produtos e maior exposição à marca Natura na América Latina, além de eficiências operacionais em despesas gerais e administrativas.
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Natura: CEO destaca foco na integração e sustentabilidade
Fábio Barbosa, CEO da Natura &Co, comentou sobre os resultados do trimestre, destacando o impacto da reestruturação da Avon e o foco na integração das operações da Natura e Avon na América Latina, conhecida como “Onda 2”.
“A desconsolidação dos resultados da Avon Products Inc. e de suas subsidiárias, devido ao Chapter 11, resultou em um prejuízo significativo neste trimestre. Porém, focando nas nossas operações contínuas, os resultados demonstram que a integração da Natura e da Avon na América Latina está progredindo bem, já mostrando efeitos positivos nas vendas e margens”, afirmou Barbosa.
Ele também ressaltou o avanço das iniciativas de sustentabilidade da companhia, celebrando a década como Empresa B e os investimentos em projetos comunitários e de transição climática.
“Comemoramos 10 anos como Empresa B, destacando nossa atuação no pilar Comunidade. Além disso, seguimos avançando em nosso Plano de Transição Climática com a inclusão de caminhões movidos a biogás e novas parcerias sustentáveis, como o reaproveitamento do alumínio das cápsulas de café Nespresso para embalagens Natura Ekos”, avaliou.
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