O bilionário sul-africano Elon Musk reiterou nesta quinta-feira (27) sua compra do Twitter (TWTR34), numa postagem feita em sua conta na própria rede social dirigida “aos anunciantes” da plataforma. A empresa ainda não se pronunciou oficialmente.
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No texto, Musk diz que comprou o Twitter por enxergar na plataforma “uma praça aberta digital importante para o futuro da civilização”, e disse que vai oferecer “a mais respeitável plataforma de anúncios do mundo, para fortalecer sua marca e ampliar seus negócios”.
Na quarta-feira, Musk havia postado um vídeo em que entrava na sede da companhia, em San Francisco (EUA), carregando uma pia de cerâmica com a expressão “let that sink in”. O termo “sink” se refere literalmente à pia, mas a expressão, em inglês, costuma ser usada no sentido de “deixe-me entrar na sua mente”. Em outra postagem, Musk disse que estava conhecendo “muita gente interessante” na empresa.
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O imbróglio entre Musk e o Twitter (TWTR34)
Elon Musk, dono entre outras companhias da Tesla, montadora de veículos elétricos, e da Space, que tenta popularizar os voos espaciais, anunciou no início de abril seu interesse em adquirir a totalidade do Twitter, numa negociação estimada em US$ 44 bilhões.
Detentor de cerca de 10% dos papéis da empresa, ele propôs fechar o capital, pagando US$ 54,20 pela ação aos atuais proprietários. Na época, o anúncio fez as ações dispararam na Nasdaq, subindo de cerca de US$ 40 para perto do valor que ele se propõe a pagar.
Em julho, porém, o empresário decidiu cancelar o negócio, alegando que havia recebido informações incorretas do Twitter a respeito do número de usuários humanos efetivamente ativos na plataforma e da quantidade de robôs em operação. Isso porque robôs não consomem propaganda, o que ele via como principal fonte de faturamento para recuperar seu investimento. O anúncio fez os papéis despencarem, chegando a ficar em cerca de US$ 32.
O Twitter então acionou a SEC (Security and Exchange Commission), que monitora o mercado de capitais nos EUA, para garantir que o negócio fosse realizado. Musk tinha até o fim desta semana para efetivar as negociações antes de enfrentar um julgamento na Justiça do estado de Delaware. As primeiras audiências estavam previstas para o início de novembro.

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O que acontece agora com o Twitter (TWTR34)?
Nas últimas semanas, Musk voltou a falar sobre a concretização do negócio e as ações voltaram ao patamar próximo dos US$ 50. Por enquanto, elas seguem em negociação na Nasdaq – tiveram um novo pico nos últimos dois dias, desde o vídeo de Musk com a pia, e às 12h (de Brasília) estavam cotados a US$ 53,98, muito perto do valor oferecido ao empresário para o momento da negociação definitiva.
Assim que a compra for efetivamente concretizada, as ações devem ser retiradas de negociação pela SEC para que Musk faça então o pagamento aos atuais portadores.
No caso das BDRs (Brazilian Depositary Receipts) do Twitter, negociadas na B3 com o ticket TWTR34, as empresas emissoras dos títulos, que são atrelados à posse de ações na bolsa norte-americana, receberão também o valor da venda, a US$ 54,20 por unidade, e deverão repassar esse valor aos portadores das BDRs, de acordo com as previsões contratuais. Esses papéis também terão sua negociação encerrada.
Essas operações, no entanto, ainda não têm uma data definida. Nesta quinta-feira, as BDRs estavam em leve baixa, negociadas perto das 12h a R$ 142,54, depois de uma forte alta no início do mês, quando as negociações entre Musk e o Twitter foram retomadas.

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