A Microsoft (MSFT; MSFT34) confirmou uma nova rodada de demissões, afetando cerca de 3% de sua força de trabalho global. A medida atinge aproximadamente 6 mil funcionários em todos os níveis hierárquicos, equipes e regiões, segundo comunicado da companhia. A empresa encerrou o mês de junho com 228 mil empregados em todo o mundo.
“Continuamos a implementar as mudanças organizacionais necessárias para melhor posicionar a empresa para o sucesso em um mercado dinâmico”, afirmou um porta-voz da Microsoft.
Apesar dos cortes, a gigante da tecnologia registrou resultados financeiros acima do esperado no último trimestre, com lucro líquido de US$ 25,8 bilhões e uma previsão otimista divulgada em abril. A decisão, segundo a empresa, não está relacionada ao desempenho individual dos colaboradores.
No estado de Washington, onde fica a sede da Microsoft, o governo local informou a eliminação de 1.985 postos de trabalho ligados à base da companhia em Redmond — sendo 1.510 apenas em escritórios.
Microsoft: maior rodada de cortes em dois anos
Esta é a maior rodada de cortes da Microsoft desde janeiro de 2023, quando a companhia demitiu cerca de 10 mil pessoas. No início de 2025, uma pequena leva de desligamentos já havia sido promovida com base em critérios de desempenho.
Segundo a empresa, um dos objetivos da reestruturação é reduzir camadas de gestão, estratégia semelhante à adotada pela Amazon no início do ano. A Microsoft também busca adaptar sua atuação comercial a um cenário de transição tecnológica, com foco crescente em inteligência artificial.
Durante teleconferência em janeiro, o CEO Satya Nadella destacou a necessidade de revisar incentivos e estruturas de vendas, após o crescimento abaixo do esperado na receita da nuvem Azure — sem considerar os produtos com IA, que superaram as expectativas internas.
“Em tempos de mudanças de plataforma, você precisa garantir que está apostando nas novas oportunidades, e não apenas repetindo práticas da geração anterior”, afirmou Nadella.
Na esteira de reestruturações no setor de tecnologia, a fornecedora de software de segurança CrowdStrike também anunciou na semana passada a demissão de 5% de sua força de trabalho.