A Petrobras ($PETR4) registrou lucro líquido de R$ 35,2 bilhões no primeiro trimestre do ano (1TRI25), tendo uma alta de 48,6% frente o mesmo período do ano passado, quando havia atingido lucro de R$ 23,7 bilhões. Além dos resultados, a companhia também aprovou o pagamento de R$ 11,7 bi em dividendos.
Na comparação com o último trimestre do ano passado (4TRI24), a petroleira conseguiu reverter o resultado para o positivo, já que havia registrado prejuízo de R$ 17 bilhões.
A receita de vendas da companhia atingiu R$ 123,1 bilhões nos três primeiros meses deste ano contra R$ 117,7 bilhões do primeiro trimestre de 2024, tendo uma elevação de 4,6%.
O ebitda ajustado foi de R$ 61 bilhões ante R$ 60,4 bilhões do mesmo período do ano passado, resultando em uma elevação de 1,7%.

Lucro líquido da Petrobras sobe, mas investimentos caem
No 1TRI25, os investimentos totalizaram US$ 4,1 bilhões, o que representa uma redução de 29,1% em relação ao 4TRI24 e um aumento de 33,6% em comparação ao mesmo período do ano passado, de acordo com o balanço da petroleira.
“A realização do 1TRI25 reforça o caráter atípico do nível de investimento observado no 4TRI24, explicado pela recomposição do descasamento físico-financeiro das unidades próprias de Búzios, em resposta às ações implementadas ao longo do segundo semestre de 2024”, informou a companhia em seu balanço.
No segmento de Exploração & Produção, os investimentos totalizaram US$ 3,5 bilhões, uma redução de 28,5% em relação ao realizado 4TRI24. De acordo com a empresa, esse recuo reflete, principalmente, os esforços para o avanço financeiro, concentrado no trimestre anterior, para as plataformas em construção para o campo de Búzios, o que contribuiu para mitigar riscos de atrasos e aumentou o potencial de antecipações.
Dividendos
A Petrobras informou que seu Conselho de Administração aprovou a distribuição de R$ 11,72 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) relativos ao primeiro trimestre de 2025. O valor equivale a R$ 0,90916619 por ação ordinária e preferencial em circulação, como antecipação da remuneração aos acionistas referente ao exercício de 2025.
A distribuição segue a Política de Remuneração aos Acionistas da companhia, que prevê o repasse de 45% do fluxo de caixa livre, desde que o endividamento bruto se mantenha abaixo do limite de US$ 75 bilhões — patamar estipulado no plano estratégico da estatal. Segundo a Petrobras, o pagamento está alinhado à sustentabilidade financeira da empresa.
O valor será pago em duas parcelas:
- Primeira parcela: R$ 0,45458310 por ação, integralmente na forma de juros sobre capital próprio (JCP), com pagamento em 20 de agosto de 2025 para acionistas da B3 e em 27 de agosto de 2025 para detentores de ADRs na Bolsa de Nova York (NYSE).
- Segunda parcela: R$ 0,45458309 por ação, sendo R$ 0,30844749 em dividendos e R$ 0,14613560 em JCP. Os pagamentos ocorrerão em 22 de setembro de 2025 na B3 e em 29 de setembro para ADRs.
Terão direito ao provento os acionistas com posição em 2 de junho de 2025, no caso das ações negociadas na B3, e em 4 de junho para os ADRs. As ações da Petrobras passarão a ser negociadas “ex-direitos” a partir de 3 de junho.