O investidor Rafael Ferri ampliou sua participação no GPA (PCAR3), chegando agora a um percentual total de 5,86%, sendo 5,28% do total de ações ordinárias da rede de supermercados e mais instrumentos financeiros derivativos de liquidação física de sua titularidade, com exposição equivalente a 0,58% de ações.
Em carta enviada à diretoria do $PCAR3, o investidor informou que vai tentar viabilizar mudanças no conselho. “Declaro que a presente aquisição tem objetivos de investimento, bem como o propósito de influenciar a governança da companhia, incluindo a possibilidade de propor alterações na composição do conselho de administração e na estrutura administrativa da Companhia”, disse ele, no comunicado.
Ele informou ainda que, além da participação acionária, não possui bônus de subscrição, direitos de subscrição de ações ou debêntures conversíveis em ações; ou acordo ou contrato regulando o exercício do direito de voto ou a compra e venda de valores mobiliários.
Rafael Ferri havia declarado disposição em concorrer ao conselho
No começo da semana, o GPA informou que havia recebido a indicação de Ferri para concorrer a uma vaga no Conselho de Administração da companhia, cuja eleição ocorrerá em assembleia marcada para o próximo dia 5 de maio.
A recomendação partiu do próprio Ferri, que, de acordo com a empresa, possuía, naquela ocasião, 1,2% de participação no capital social do GPA. Nas últimas semanas, o investidor tem ampliado gradualmente sua posição na companhia.
Além disso, o GPA também recebeu as indicações de André Luiz Coelho Diniz e Fábio Coelho Diniz, ambos detentores de 1,02% do capital social cada um.
A empresa destacou ainda que, embora os acionistas tenham solicitado a adoção do sistema de voto múltiplo, até aquele dia o percentual mínimo de 5% do capital social com direito a voto necessário para viabilizar esse procedimento, não havia sido atingido até então.
Após o comunicado de Ferri, sobre o aumento de participação, o GPA comunicou que recebeu pedido de adoção do processo de voto múltiplo de acionistas titulares, em conjunto, de mais de 5% do capital votante. Dessa forma, a eleição do Conselho de Administração, a ser deliberada na AGE prevista para o dia 5 de maio, será realizada com a adoção desse processo.
Embate entre acionistas
A assembleia foi convocada após uma iniciativa do empresário carioca Nelson Tanure, que, por meio de seu fundo de investimento Saint Germain, propôs a destituição do atual conselho de administração. O objetivo é reformular o colegiado, que passaria a contar com nove membros e mandato de dois anos.
No ano passado, Tanure adquiriu cerca de 9% das ações do GPA e vem avaliando aumentar sua participação por meio da compra de mais papéis do grupo francês Casino, que atualmente detém 22,5% do capital da empresa.
Em reação à proposta de Tanure, tanto o Casino quanto o ex-CEO do GPA, Ronaldo Iabrudi — que possui aproximadamente 5% das ações — se posicionaram a favor da reestruturação do conselho sugerida pelo empresário.
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