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Goldman Sachs: limite no rotativo do cartão não é mudança estrutural significativa para emissores

Goldman Sachs: limite no rotativo do cartão não é mudança estrutural significativa para emissores

Em relatório divulgado nesta sexta-feira (22), o Goldman Sachs analisou a decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) de impor um teto de 100% para as taxas de juros no cartão de crédito rotativo. O banco de investimento expressou sua visão sobre as implicações dessa medida, destacando tanto os aspectos positivos quanto as preocupações relacionadas.

O CMN aprovou a limitação das taxas de juros do cartão de crédito rotativo, confirmando a intenção do governo de estabelecer um limite máximo de 100% sobre o valor da dívida. Isso significa que, a partir de janeiro de 2024, os juros cobrados não podem ultrapassar o valor do principal.

O Goldman Sachs observou que essa medida era esperada, já que as instituições financeiras não conseguiram chegar a um acordo sobre um modelo alternativo de auto regulação.

A análise do banco destaca que o limite das taxas rotativas pode afetar o apetite ao risco dos emissores de cartões, embora não seja considerado uma mudança estrutural significativa para o negócio.

Isso se deve ao fato de que a maioria dos saldos rotativos gira apenas por cerca de um mês, não ultrapassando os 100% do principal – embora a taxa mensal efetiva seja, em média, de aproximadamente 15%, anualizando acima de 400%.

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O relatório menciona que, embora a medida possa ter impacto nas taxas renováveis, não altera a estrutura do parcelamento sem juros, um ponto de preocupação para as empresas adquirentes.

O Goldman Sachs enfatiza que os cartões de crédito no Brasil são estruturados para viabilizar o parcelamento sem juros, representando a maioria das transações.

O banco considera o produto complexo, com nuances específicas, e ressalta que as mudanças nas taxas podem levar a consequências indesejadas, como a possível interrupção na oferta de limites do cartão de crédito.

O relatório do Goldman Sachs concluiu que, para atingir spreads mais baixos e sustentáveis, o Brasil precisaria migrar para um modelo de empréstimo com cartão de crédito mais tradicional, com uma porcentagem maior de linhas renováveis e taxas de juros mais baixas. No entanto, o Goldman Sachs observou que quaisquer mudanças estruturais seriam provavelmente desafiadoras de implementar, dada a prevalência de prestações sem juros.