O plano de reestruturação financeira da Gol (GOLL4), apresentado aos credores na Corte de Falências de Nova York, abre porte para uma possível fusão com a Azul ($AZUL4).
O documento, com 316 páginas, contempla a possibilidade de fusão entre a Abra, holding que controla a Gol, e a Azul Linhas Aéreas. Alternativamente, o plano sugere a criação de uma joint venture ou outra combinação estratégica entre as duas companhias, segundo informações do Broadcast.
O plano prevê a criação de uma nova holding, que emitiria ações conversíveis em papéis da Abra. Este movimento seria parte de uma estratégia para reorganizar a estrutura societária da companhia, que atravessa um processo de recuperação judicial sob as regras do Chapter 11 nos Estados Unidos.
Gol (GOLL4): plano será submetido à justiça de Nova York
A proposta da $GOLL4 ainda será submetida à análise dos credores e do juiz responsável pelo caso. A primeira audiência para discutir o plano está marcada para 15 de janeiro de 2024, em Nova York, enquanto a audiência final para sua aprovação está prevista para 7 de março.
Caso a fusão entre Abra e Azul seja concretizada, a operação poderá alterar o mercado aéreo brasileiro, que é amplamente dominado pelas duas companhias. A alternativa de criar uma joint venture ou outra estrutura estratégica também pode fortalecer a competitividade das empresas, otimizando operações e reduzindo custos.
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Como é o plano da Gol
O plano prevê uma série de ações para fortalecer a saúde financeira da companhia, incluindo a conversão ou extinção de até US$ 1,7 bilhão de dívida financiada e US$ 850 milhões em outras obrigações. Adicionalmente, a Gol pretende captar até US$ 1,85 bilhão em novo capital, dos quais até US$ 330 milhões poderão ser obtidos com a emissão de novas ações.
Entre os destaques, o Abra Group, que detém créditos de US$ 2,8 bilhões, concordou em receber cerca de US$ 950 milhões em novas ações e US$ 850 milhões em dívida reestruturada. Uma parcela dessa dívida, de US$ 250 milhões, será convertida obrigatoriamente em ações da Gol após 30 meses da conclusão do Chapter 11, condicionada ao atingimento de parâmetros financeiros.
A companhia informou que manterá os contratos de arrendamento de aeronaves reestruturados conforme os termos previamente acordados. A reestruturação também contempla diluição significativa das ações existentes, em conformidade com a legislação brasileira, dado o valor econômico das ações antes da conversão.
Além disso, a Gol protocolou uma declaração de divulgação que detalha o plano e os tratamentos previstos para os diversos grupos de credores. Essa declaração visa orientar os credores habilitados a votar no plano, cuja aprovação será discutida em uma audiência prevista para 15 de janeiro de 2025.
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