A Eletrobras (ELET3; ELET6) e Neoenergia (NEOE3) concluem a permuta que consiste na transferência, para a subsidiária Eletronorte, da ex-estatal, participação na usina Teles Pires. A operação foi terminada com a mudança de ações representativas de 50,56% do capital social total e votante da Teles Pires Participações S.A e ações ordinárias representativas de 0,9% do capital social total e votante da Companhia Hidrelétrica Teles Pires.
De acordo com comunicado ao mercado, a Eletrobras passa a consolidar 100% da operação da usina hidrelétrica, com uma potência instalada total de 1.820 MW. Para a Neonergia, fica a totalidade da usina Dardanelos, que tem uma capacidade instalada total de 261 MW.
Com a cessão de 49% da EAPSA para a Neoenergia, responsável pela hidrelétrica Dardanelos, e a consolidação de Teles Pires, a Eletrobras irá agregar R$ 315 milhões de ebitda e R$ 2,4 bilhões de dívida líquida.
Teles Pires tem capacidade instalada suficiente para abastecer aproximadamente 13,5 milhões de habitantes, sendo considerada uma das hidrelétricas mais eficientes do país. A usina foi arrematada pelo Consórcio Teles Pires Energia Eficiente, no leilão de geração de 2010 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Depois da compra, criou-se a Companhia Hidrelétrica Teles Pires S/A, constituída pelas empresas Neoenergia (51%), Eletrobras-Eletrosul (24,5%) e Eletrobras-Frunas (24,5%). O consórcio ficou responsável por construir e colocar o empreendimento em operação.
Eletrobras (ELET3; ELET6) e Neoenergia (NEOE3): Teles Pires foi arrematada com deságio de 33%
Na ocasião do leilão, a usina foi arrematada pelo consórcio vencedor com uma proposta de deságio de 33% em relação à tarifa-teto, ou seja, apresentou um menor valor para produzir ou gerar o quilowatt-hora (kW/h) de energia elétrica, no Leilão A-5 de geração realizado pelo Governo Federal e Ministério de Minas e Energia, por meio da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), em 17 de dezembro de 2010.
Com o preço de lance final de apenas R$ 58,35 por megawatt-hora (MW/h), até hoje, representa o menor valor que o Governo Federal conseguiu nos leilões de usinas.
Depois do leilão, foi criada a Companhia Hidrelétrica Teles Pires S/A, Sociedade de Propósito Específico (SPE), responsável por construir e fazer operar a UHE Teles Pires.
Desde o início de sua construção em 2011, até a fase de operação comercial, o empreendimento já gerou para os governos locais R$ 100 milhões em impostos municipais e R$ 100 milhões em impostos estaduais, além de R$ 180 milhões em royalties.
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