A Eletrobras (ELET3) vem sofrendo ataques na internet após o apagão registrado em diversas regiões do Brasil na manhã desta terça-feira (15).
A verborragia contra a empresa se tornou generalizada inclusive no meio político, com situação e oposição se aproveitando do caso para divulgar opinião sobre a companhia, privatização e acontecimentos recentes.
Vale lembrar que na noite de ontem o CEO Wilson Ferreira Jr. renunciou ao cargo e o conselho de administração nomeou rapidamente Ivan Monteiro.
Por conta dessa situação, as ações da companhia na bolsa brasileira derreteram nesta data, caindo mais de 3,5% e fechando o dia cotada em menos de R$ 35,15.
O resultado dessa baixa foi que a companhia acabou perdendo R$ 3 bilhões em valor de mercado, passando a valer R$ 82,2 bilhões.
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Eletrobras (ELET3): privatização
Em uma rede social a primeira-dama Janja foi concisa: “a Eletrobras foi privatizada em 2022. Era só esse o tuíte”.
Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que seria leviano relacionar a privatização da Eletrobras diretamente ao apagão de mais cedo. Mas disse que a privatização, na opinião dele, “fez mal” ao país.
Informações de bastidores dão conta de que há uma indisposição por parte de profissionais técnicos por conta da pressão por parte da diretoria acerca de programas de demissão voluntária.
Desta forma, mesmo a companhia atendendo apenas 36% da geração nacional, e o restante do abastecimento sendo alcançado por meio de coligadas e empresas que sempre foram privadas, existe a possibilidade de algum tipo de “engajamento” quanto à insatisfação referente ao enxugamento do quadro operacional da empresa. Ainda assim, isso não passa de especulação.
Ceará
A CNN Brasil cravou que a linha de transmissão de energia que sofreu sobrecarga é, de fato, pertencente à Eletrobras e a referida torre encontra-se no Ceará.
Em relação ao apagão, este começou a ser registrado nos sistemas do Operador Nacional do Sistema (ONS) exatamente às 8h31 no horário de Brasília – quando foi interrompido o tradicional aumento da carga do sistema elétrico. Em dez minutos, a carga caiu 25,9%, segundo a CNN Brasil.
Dados do ONS
O grupo de mídia acrescenta que dados do ONS mostram que o Brasil registrava 73.484,7 MW às 8h30 no horário de Brasília em trajetória de alta – exatamente como acontece todas as manhãs. Mas, no minuto seguinte, às 8h31, a carga do sistema cai repentinamente cerca de 7%.
Também traz que a ocorrência às 8h31 provocou a “separação elétrica” das regiões Norte e Nordeste das regiões Sul e Sudeste.
E acrescenta que isso levou à “abertura das interligações entre essas regiões”. A “interligação elétrica” é como o ONS chama o conjunto de linhas de transmissão que conecta duas ou mais áreas do sistema.
Por fim, elencou que a energia foi reestabelecida em todo o sistema elétrico nacional após seis horas. A situação já havia sido normalizada nos locais afetados nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste ainda pela manhã.
Bolsa
A ação ELET3 encerrou o dia 15 cotada em R$ 35,15.
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